Regresso às aulas: guia completo para poupar em tudo

Regresso às aulas: guia completo para poupar em tudo
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eciclar material dos anos anteriores, planear as compras com tempo e dividir os gastos pelos meses de verão podem transformar o mês de setembro, tradicionalmente um dos mais difíceis para as famílias portuguesas com filhos em idade escolar, num passeio no parque. Saiba porque preparar o regresso às aulas não tem de ser difícil, nem tão caro.

Com o fim do verão, começa a desligar-se o modo de férias. É um processo gradual. “A primeira semana de setembro já é para acalmar e, progressivamente, entrarmos num registo de regresso às aulas”, afirma Ricardo Martins Pereira, também conhecido como O Arrumadinho e pai de Benedita, Mateus e Henrique. Em casa de Pedro Roxo, as rotinas dos filhos Salvador, David e Isac mudam 15 dias antes da escola arrancar: “Começam a ir mais cedo para a cama para se habituarem aos horários que aí vêm.”

Para muitas famílias, o regresso às aulas vem no seguimento do fim das férias de verão e com um preço elevado: há material escolar para comprar, inscrições para fazer, equipamentos para repor, um futuro para investir. A logística é complexa e o impacto no orçamento familiar pode ser grande.

Neste artigo, damos-lhe a conhecer dicas de pais e marcas que lidam, ano após ano, com o impacto financeiro do regresso às aulas na vida das famílias.

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Para não faltar nada

A primeira regra para fugir ao caos do regresso às aulas é preparar-se com tempo. “Começamos a tratar de tudo na primeira semana de julho”, conta Patrícia Plácido, agente imobiliária e mãe de Alexandra (ou Zoe) e Bruno, com 14 e 19 anos, respetivamente. Os materiais básicos – cadernos, canetas, lápis, estojo, mochilas – ficam fechados nesta altura. “Assim, evitamos a confusão típica das vésperas do início das aulas.”

Para Pedro Veloso, responsável pela marca Washi, papelaria online que é parceira do Montepio Associação Mutualista, comprar o material escolar no mês de julho é o ideal para garantir o stock dos produtos. “É uma opção mais segura para quem tem desejos específicos em relação ao material que quer adquirir”, explica. Na Washi, os itens mais concorridos são os marcadores Mildliner, as canetas Zebra Blen e Sarasa Mark On, sem esquecer os cadernos Soft Ring da Kokuyo. Em todos estes materiais escolares, os associados Montepio têm 10% de desconto.

Nos livros escolares a regra é a mesma. “A altura ideal para comprar os manuais e cadernos escolares é entre julho e agosto. Em setembro pode já haver artigos a esgotar”, avisa Andreia Silva, gestora da LeYa online. Nesta livraria online, a campanha escolar decorre entre julho e agosto. Nestes meses há 5% de desconto nos manuais e cadernos e até 20% em materiais de apoio escolar. Os associados Montepio beneficiam de vários descontos na encomenda de livros na Leya, incluindo portes grátis em encomendas superiores a 50 euros. Os livros de preparação para exames, provas de aferição e exercícios para as férias podem ficar para a primavera, já que nesta época há outros descontos.

Para a última hora ficam os pedidos mais específicos dos professores, feitos logo no início do ano letivo. Ricardo Martins Pereira divide o processo em duas fases. “Assim, os custos vêm fracionados”, afirma, o que reduz o impacto no orçamento familiar.

Pedro, Patrícia e Ricardo utilizam ainda os vouchers fornecidos pelo Estado para a aquisição dos manuais escolares, medida que veio aliviar muito os gastos do regresso às aulas. “Estamos a falar de uma despesa que rondará os 150 euros entre cadernos, livros, pastas”, explica Pedro Roxo. “Já não se põe a questão que se colocava antigamente, a de termos que comprar livros todos os anos.”

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Reciclar, antecipar, poupar

Quando o ano letivo acaba, há sempre material escolar que está em condições de ser reutilizado. Por isso, antes de começar a jornada de compras, analise o que poderá transitar de um ano para o outro, sobretudo se optou por investir em produtos mais versáteis. “Escolher uma caneta três em um é mais acessível do que comprar três canetas separadamente. Ou optar por um dossier com separadores e recargas de folhas, em vez de um caderno para cada disciplina”, explica Pedro Veloso. Esses são precisamente os cadernos que Zoe prefere. “Só temos de comprar as recargas”, refere Patrícia Plácido.

E se falamos em poupar, é preciso considerar as promoções. “Aproveitamos sempre”, diz Patrícia Plácido, que reside na Malveira. “Nas grandes cadeias, há campanhas de regresso às aulas com promoções lançadas até ao final de agosto”, completa Ricardo Martins Pereira. “Muitas vezes, comprando com muita antecipação, corremos o risco de não ter acesso a essas promoções”, alerta O Arrumadinho.

Também na compra de roupa para a escola há estratégia para poupar. Com 6, 10 e 12 anos, os filhos de Pedro Roxo estão a crescer a cada mês que passa. Por isso, renovar o guarda-roupa é uma despesa permanente para o agregado familiar. É no verão, também, que começa a piscar-se o olho à estação mais fria. “Aproveitamos sempre os saldos. Antes das aulas compramos casacos, porque vem aí o outono, e calçado novo. Se há sapatilhas em promoção um número acima, levamos – se estão grandes em setembro, em dezembro já devem servir”, explica Pedro, que reside numa das cidades mais frias de Portugal, Chaves.

Para ter o estudo sempre em dia

Há outro lado do regresso às aulas. “Temos de repensar e planear os centros de estudos, as escolas de línguas, o desporto e a formação musical”, lembra Pedro Roxo. A pausa letiva é, também, um momento de reflexão. “Conversamos sobre os objetivos para o ano, sobre o que deve ser melhorado, e traçamos metas que, de alguma forma, os motivem para o ano que vai começar”, acrescenta Ricardo Martins Pereira.

O centro de estudos foi fundamental na formação de Zoe, que vai frequentar o 10º ano. “Ganhou muito método de estudo”, nota Patrícia Plácido. Com os trabalhos de casa feitos e a matéria em dia, Zoe pode relaxar quando chega a casa. “A mim, como mãe, facilitou-me muito a vida.”

Um dos truques para evitar o caos e conseguir vaga num centro de estudos ou ATL é fazer um lembrete, no calendário, com as datas de inscrição: “Foi fácil inscrever a Zoe. Mas para os pais [que deixaram a inscrição para o fim] foi mais difícil, porque o centro de estudos está sempre cheio.”

No Best in Class, centro de estudos localizado no bairro de Benfica, em Lisboa, as inscrições abrem logo em junho. Mas o fluxo de inscrições aumenta significativamente em setembro, explica Ana Mendes, diretora geral do espaço que é parceiro da Associação Mutualista Montepio.

Mas há outras instituições que aceleram a organização, conhecimento e criatividade do seu filho. Ricardo Martins Pereira fala na importância do apoio externo em disciplinas específicas, como o Inglês: “Não há como contornar. Basta pensar nas limitações que [não falar em inglês] traria no acesso à informação, já que só poderiam aceder a conteúdo em português.” Dominar o inglês em criança, lembra O Arrumadinho, terá um impacto grande no futuro dos filhos. Basta lembrar, por exemplo, a importância do Inglês como porta de acesso para aceder à progressão na carreira e procurar uma futura valorização internacional.

Em praticamente todas as profissões exige-se o domínio do Inglês, realça Vanda Silva, diretora de operações da Speak Up, que está presente em cinco cidades portuguesas (Lisboa, Porto, Gaia, Vila Real e Funchal). Com o domínio do idioma, os jovens recém-formados podem candidatar-se a posições em qualquer parte do mundo. Na Speak Up, os associados Montepio poupam 75% do valor da matrícula e ganham dois meses extra de curso, entre outros benefícios em manuais digitais. A recomendação é inscrever o seu filho na segunda quinzena de agosto. “É um período mais calmo.”

Conforme as crianças vão crescendo, as necessidades alteram-se. O filho mais velho de Pedro Roxo teve explicações de Matemática neste ano letivo. “Sentíamos que já não o conseguíamos acompanhar tão bem nesta disciplina.” A Matematik, parceira da Associação Mutualista Montepio, disponibiliza apoio online a esta disciplina de uma forma muito prática: trata-se de uma plataforma que disponibiliza materiais de estudo, como resumos teóricos e exercícios práticos, para alunos do ensino secundário. Os associados Montepio beneficiam de 40% de desconto em qualquer opção de estudo.

Esta é, realça Ricardo Martins Pereira, uma área que abre muitas oportunidades: “Dá muitas possibilidades de futuro, basta pensar no caso do futebol: se eu quero ser treinador, tenho de ir para um curso de desporto, que é da área das matemáticas.”

Para definir as melhores atividades extracurriculares

Seja no desporto ou nas áreas criativas, as atividades extracurriculares são experiências que permitem às crianças conhecerem outros universos – e conhecerem-se a elas próprias. “Damos-lhes a oportunidade de experimentarem. São atividades que abrem horizontes”, frisa Pedro Roxo. Neste momento, Pedro tem os dois filhos mais velhos no futebol – mas já passaram por outras experiências, como aulas de violino, piano ou atletismo.

Com liberdade para se aventurarem noutros desportos e atividades, a regra é que no início do ano letivo as decisões já estão tomadas: “Ao longo do ano, vamos percebendo aquilo de que gostam ou não. A decisão é tomada, por regra, em agosto, até porque muitas destas atividades, que decorrem em escolas especializadas fora da escola, começam mesmo antes do arranque das aulas.”

Zoe descobriu a esgrima há quatro anos. Hoje é federada, treina quatro vezes por semana e compete em todo o país. “O processo para a reinscrição é muito simples porque acontece logo em maio.”

Por esta altura, Mateus e Benedita também já sabem as atividades que vão frequentar no próximo ano. “Costumamos ter uma conversa em maio”, diz Ricardo Martins Pereira. Mateus vai continuar no futebol, mas optou por trocar o ténis pelo basquetebol. Benedita mantém-se na natação, mas optou por deixar o ballet – habituada a ver o irmão a rematar à baliza, vai seguir-lhe o exemplo. A escola das duas crianças contempla, ainda, duas atividades desportivas obrigatórias.

“O desporto trabalha a resiliência”, salienta o empresário, natural de Setúbal e apaixonado pela prática desportiva. É um treino para a vida, em que se aprende a ganhar e a perder. “É importante sair da zona de conforto. Há muito esta corrente de que a criança tem de estar sempre num safe space, que não deve sair da zona de conforto. Mas na vida não existem safe spaces, temos de estar preparados para enfrentar as contrariedades.”

Zoe pratica esgrima há quatro anos. A inscrição para o ano seguinte acontece em maio, o que deixa a mãe, Patrícia, descansada durante o verão

Para preparar o futuro

“O que queres ser quando fores grande?”, perguntaram-lhe. Isac não precisou de tempo para pensar, a resposta estava na ponta da língua: “Disse que queria ser piloto de avião e tirar o curso numa escola da Maia”, conta Pedro Roxo.

O interesse surgiu numa viagem a Londres: “No voo, disse-me que gostava de ser piloto de avião. Por isso, no final da viagem pedi à hospedeira para irmos ao cockpit. Esteve a conversar com o piloto.” Já em casa, pesquisaram sobre a profissão e os locais de ensino. E foi nesta conversa que Isac ficou a saber que esta era, de facto, uma possibilidade para o seu futuro.

Dentro e fora do país, as viagens são, para Pedro Roxo, uma forma de preparar as crianças para o futuro. “Temos de tirá-las da bolha, mostrar-lhes que o mundo é muitas coisas.” Os concertos e os espetáculos são outra forma de mostrar diversidade.

Na adolescência, considera Ricardo Martins Pereira, o principal papel do educador será orientar os filhos. É isso que tem feito com o filho Henrique, de 17 anos. “Disse que quer ser comediante”, refere. “Já tem uma conta de comédia no Tik Tok com 30 mil seguidores e 500 mil visualizações.” No próximo ano, vai motivar o filho para investir nas diversas áreas ligadas à comédia, seja a expressão corporal, o teatro ou a escrita criativa.

Preparar o futuro das crianças e adolescentes também cabe aos pais. É importante incentivá-los a experimentar. Por exemplo: se o seu filho adora computadores e tecnologias, porque não inscrevê-lo em aulas de programação? O número de alunos nas várias unidades da Sharkcoders, uma escola para aprender programação informática, tem vindo a aumentar, indica Tânia Lourenço, gestora deste franchise. Os associados Montepio beneficiam de 10% de desconto em todos os cursos regulares, rápidos ou workshops na Sharkcoders.

“A partir dos 5 ou 6 anos as crianças conseguem assimilar melhor os conhecimentos, ter concentração e destreza no manuseamento dos equipamentos”, explica. Preparar o regresso às aulas também é preparar o futuro das crianças. “Existem mais estudos científicos que validam os benefícios desta atividade para o aumento do rendimento escolar e a melhoria do foco e concentração das crianças”, conclui a responsável pela Sharkcoders.

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