Alojamento universitário: 4 opções para o seu filho

Agora que o seu filho entrou na faculdade, é preciso ter atenção redobrada às contas da família. Escolher bem o alojamento do seu filho é fundamental.
Artigo atualizado a 31-08-2024

Neste ano académico, ajude o seu filho a tomar a melhor decisão sobre onde viver. Fique a conhecer quatro opções de alojamento universitário. Das residências estudantis ao arrendamento, passando pelas repúblicas e pelo alojamento solidário, avalie a melhor alternativa.

1. Residências de estudantes

Residências públicas

Para famílias com dificuldades financeiras, uma das melhores alternativas de alojamento universitário é optar por uma residência de estudantes pública. Estes alojamentos, geridos pelas próprias universidades, apresentam preços vantajosos, sobretudo para alunos bolseiros

Para conseguir alojamento numa residência pública, o processo é feito por candidatura. Para os novos estudantes, o processo só abre depois do período de inscrições e matrículas. Uma vez que as vagas são limitadas – e que a maioria das camas já está ocupada com residentes que transitam do ano anterior – a concorrência por um lugar numa residência pode ser intensa. A prioridade vai para alunos bolseiros.

Os quartos disponíveis nas residências públicas são, na generalidade, partilhados por dois ou três estudantes. A opção de um quarto individual nem sempre existe – sobretudo para alunos de licenciatura ou mestrado integrado. É recomendável que o seu filho procure mais informações nos serviços de ação social da instituição que vai frequentar.

Se se pergunta sobre quanto custa morar numa residência de estudantes pública, por exemplo, a renda mensal numa das residências universitárias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa é de  84,08 euros (aluno bolseiro) ou 243 euros (aluno não bolseiro). O valor da renda inclui despesas de água, luz, internet e uso de espaços comuns, como a cozinha. O preço é convidativo, sobretudo tendo em conta os valores médios de arrendamento de um quarto.

Tome nota

Caso o seu filho reúna as condições para pedir uma bolsa de estudo, trate de ambas as candidaturas, bolsa e residência universitária, no início do ano letivo.

Residências Montepio U Live

Se pretende um alojamento de qualidade, a um preço ajustado e no centro das grandes cidades para o seu filho, tem à sua disposição as residências para estudantes MONTEPIO U LIVE. Situadas nas cidades de Lisboa, do Porto, de Braga e de Évora, estas residências oferecem várias tipologias de alojamento individual ou partilhado, limpeza diária, wifi gratuito, salas de convívio ou de estudo, cozinha, lavandaria, acompanhamento diário por membro da equipa Montepio U Live entre outras comodidades. As candidaturas estão abertas a qualquer estudante e os associados da Associação Mutualista Montepio (AMM) beneficiam de 10% de desconto no valor da mensalidade.

2. Arrendar um quarto ou um apartamento

Arrendar um quarto numa casa privada é a alternativa mais comum para um estudante universitário fora da sua área de residência.

Por norma, o seu filho conseguirá economizar mais se optar por arrendar um apartamento com alguns amigos (novos alunos do mesmo curso, por exemplo), dividindo o custo entre si, do que arrendando diretamente um quarto. Contudo, não se esqueça de verificar se, para além do custo do quarto, terá de suportar outros custos mensais, nomeadamente com limpeza, água, gás, luz e internet.

A internet é um bom ponto de partida para esta análise da oferta de arrendamento. Investigue ofertas em plataformas como a EasyQuarto, a Idealista, a BQuarto, a Casa SAPO, a Imovirtual ou a start-up portuguesa Uniplaces. Esta última é direcionada especificamente para estudantes universitários e presta um serviço de verificação para cada uma das ofertas apresentadas.

Os serviços de ação social de cada universidade ou politécnico dispõem também de informação útil sobre quartos e casas para arrendar na cidade.

3. Viver numa república

Ligadas à tradição académica, as repúblicas estudantis são outra das opções tradicionais para albergar alunos universitários. Em Coimbra – onde este tipo de alojamento universitário é mais comum – existem 28 repúblicas. Reza o dito estudantil que, naquela cidade, um ano de estadia equivale a cem anos de vida. Na prática, são casas de estudantes em autogestão, com regras próprias de funcionamento onde a tradição tem muito peso (em Coimbra, por exemplo, a maioria está ligada à praxe académica, embora existam exemplos de repúblicas assumidamente anti praxe).

A nível de contas, a renda mensal numa república é reduzida (já foi meramente simbólica, mas o Novo Regime de Arrendamento Urbano de 2012 veio mudar um pouco este panorama), representando uma das opções mais económicas que pode encontrar para alojar o seu filho durante os estudos universitários.

4. Alojamento universitário solidário e a custo zero

O contacto com os serviços de ação social da universidade permite também conhecer iniciativas locais de alojamento. Em Évora e Santarém, dois projetos sociais (respetivamente “Laços para a Vida” e “Quarto Crescente”) tentam dar resposta ao alojamento de alunos com carências económicas e, ao mesmo tempo, combater a solidão da população mais idosa nos bairros históricos destas cidades.

Nestes alojamentos, os estudantes podem morar, gratuitamente, em casa de idosos. Em troca, apenas têm de fazer companhia aos proprietários e prestar algum apoio nas tarefas diárias. Além de ser uma opção muito económica, esta forma de alojamento tem também benefícios sociais e pessoais. Contribui, sobretudo, para o espírito de solidariedade e entreajuda dos alunos participantes.

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