Quais são os hábitos de poupança em Portugal?
“Os resultados para Portugal estão acima da média no que se refere à realização de um orçamento familiar, ao controlo sistemático das finanças pessoais, ao pagamento atempado das contas e à não utilização de crédito para fazer face a despesas quotidianas”. São algumas conclusões do 2.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa.
Poupanças e orçamento familiar
Os resultados mostram uma forte relação entre o planeamento de um orçamento familiar e os hábitos de poupança em Portugal:
- 59% dos entrevistados costumam poupar
- Quase 72% dos entrevistados preparam o orçamento familiar
- Cerca de metade dos portugueses que não fazem orçamento familiar (48,7%) também não poupam
A idade, a situação profissional e a instrução são fatores a ter em conta. Cerca de um terço dos jovens entre os 16 e os 17 anos, dos adultos com mais de 70 anos, dos desempregados e dos adultos sem instrução não fazem um orçamento.
Hábitos de poupança em Portugal
Os portugueses têm o hábito de poupar, mas ainda poucos o fazem com regularidade.
- 59% dos portugueses costumam poupar, mas destes apenas metade (30%) poupa com regularidade
- 41% não fez qualquer poupança ao longo do ano
- 88% dos que não poupam dizem que não o fazem por não terem rendimentos suficientes
Porque poupam os portugueses?
Os portugueses têm “mais prazer em poupar para o futuro do que em gastar”, não vivem para o presente e preocupam-se com os dias vindouros. Mas qual é o principal objetivo de poupança entre aqueles que o fazem?
- Precaver-se contra despesas imprevistas (45%)
- Cobrir despesas futuras não regulares, como férias (24%)
- Comprar ou substituir bens duradouros, como o automóvel ou eletrodomésticos (21%)
Fazer poupanças para a reforma é um hábito ignorado pela grande maioria dos portugueses inquiridos: apenas 4,3% dos inquiridos indicam a reforma como a principal razão para poupar.
Como aplicam os portugueses as poupanças?
- Na conta de depósito à ordem (61%)
- Numa conta de poupança (34,3%)
- Guardam em casa (14,5%)
- Aplicam em produtos de investimento (4%)
Conhecimentos financeiros
Os conhecimentos financeiros dos portugueses “continuam a revelar-se relativamente baixos em 2015”. E há falhas de compreensão em conceitos como spread, Euribor, franquia ou garantia de capital.
Os estudantes, os desempregados e os reformados apresentam os menores níveis de literacia financeira, assim como as faixas da população com menos rendimentos e menor escolaridade. Já os entrevistados com os níveis de literacia financeira mais elevados têm, na sua maioria, habilitações ao nível do ensino superior e pertencem a famílias com um rendimento mensal bruto superior a mil euros.
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