Abril 6, 2017
“As Árvores Morrem de Pé”, de Alejandro Casona
A peça é protagonizada por Eunice Muñoz e Manuela Maria, no papel de “avó” e Ruy de Carvalho, que alterna com João d’Ávila. O restante elenco é constituído por Carlos Paulo, Maria João Abreu, Hugo Rendas, Ricardo Castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende, João Sá Coelho, Pedro Goulão e Francisco Magalhães.
Sinopse
“Morta por dentro, mas de pé como as árvores” é a frase que ainda ecoa no imaginário do Teatro em Portugal, designadamente nas Noites de Teatro emitidas pela RTP. A frase pertence ao clássico texto de Alejandro Casona e é dita no final da peça pela lendária atriz Palmira Bastos.
“As árvores morrem de pé” começa numa organização que pretende tornar as pessoas mais felizes com poesia e criatividade. Um velho senhor chega um dia ao escritório dessa estranha organização com um pedido surpreendente: o seu neto tornou-se um perigoso delinquente, mas ele quer esconder a verdade à sua mulher.
Ao longo de vários anos enganou-a escrevendo-lhe cartas fictícias, supostamente do neto, criando a imagem de um famoso arquiteto que vivia no estrangeiro.
Um dia o verdadeiro neto envia um telegrama anunciando a sua chegada. Porém, o navio em que viajava sofre um naufrágio e todos os passageiros morrem. O velho senhor propõe então à organização que coloque em sua casa um casal fingindo ser o neto e a sua mulher para tornar real a ilusão da avó.
Texto mítico do reportório do Séc XX, “As Árvores Morrem de Pé” experimenta e contraria os patrões clássicos do Teatro, criando fissuras nas personagens, desagregando-as da sua identidade, confrontando-as com o conceito da verdade e dos seus espelhos no poder recriador da ilusão.