O que fazer para conseguir um crédito pessoal mais barato?
Seja qual for o objetivo final do empréstimo, é importante que se informe bem antes de assumir uma responsabilidade desta natureza. É um compromisso com encargos elevados e que irá pesar no orçamento familiar durante alguns anos. Para encontrar um crédito pessoal mais barato, considere as despesas que terá ao longo do prazo em que pretende reembolsá-lo.
O que é o crédito pessoal?
O crédito pessoal é uma das variantes do crédito ao consumo. Destina-se a financiar a aquisição de bens e serviços, como equipamentos para o lar ou serviços de educação e saúde. Mas também pode ser contratado sem uma finalidade específica. É um contrato de crédito em que o montante, o prazo e a modalidade de reembolso do empréstimo estão definidos à partida. É considerado crédito ao consumo qualquer empréstimo particular de montante entre os 200 e os 75 000 euros.
O que fazer para contratar um crédito pessoal mais barato
Há alguns aspetos a considerar para conseguir um crédito pessoal mais barato para o seu caso. Para isso, deve seguir os seguintes passos:
1. Comparar alternativas
Fazer várias simulações e comparar diferentes propostas é fundamental para encontrar um crédito pessoal mais barato. Cada instituição define as características do produto e as taxas de juro aplicadas. Enquanto estiver neste processo, existem alguns fatores importantes a decidir. Analise-os na ficha de informação normalizada (FIN) disponibilizada pelas instituições de crédito.
2. Diminuir o prazo de reembolso
Quanto mais tempo demorar a reembolsar o crédito, mais juros irá pagar e, consequentemente, mais caro ficará o empréstimo na totalidade. Portanto, se pretende conseguir um crédito pessoal mais barato, é importante que reduza o prazo de reembolso. Por exemplo: Se fizer um crédito pessoal no valor de 5 000 euros, com uma taxa anual nominal de 9%, a pagar em 36 meses (três anos), no final desse prazo pagou 821,66 euros de juros. No entanto, se optar por pagar esse montante em 48 meses (quatro anos), a prestação mensal reduz, mas o custo total do crédito aumenta. Neste caso, no final do prazo, terá pago 1 012,52 euros de juros. Faça uma simulação no Portal do Cliente Bancário.
3. Escolher a taxa de juro mais baixa
Quando está a comparar diferentes propostas de crédito pessoal, um dos fatores mais importantes a analisar é a taxa de juro associada. Quanto mais baixa for, melhor serão as condições financeiras do crédito. Poderá encontrar esta informação na FIN que lhe será atribuída quando visitar a instituição bancária. Nestes documentos, os bancos têm de apresentar sempre a taxa de juro anual nominal (TAN), que representa o custo associado aos juros do empréstimo, e a taxa anual de encargos efetiva (TAEG), que inclui o custo total do crédito: a TAN mais outros encargos, como os seguros e as comissões associadas.
Refira-se, ainda, que o Banco de Portugal define trimestralmente as taxas de juro máximas aplicadas aos créditos ao consumo. Consulte-as aqui.
4. Estar atento às comissões
Por regra, quando contratualiza um crédito terá de pagar comissões, que devem ser tidas em conta. Estas comissões podem ter múltiplas designações (abertura de processo, estudo ou formalização, entre outras), consoante a instituição bancária. Estas são pagas, por regra, quando contratualiza o crédito. Além das comissões pagas no início do processo, muitos bancos também cobram comissões mensais (incluídas na prestação). Esteja atento à TAEG, que já reflete todos estes custos.
5. Conhecer os seguros associados
Os bancos podem exigir-lhe um seguro de vida, que garanta o pagamento da dívida no caso de morte ou invalidez. Não sendo obrigatório que contratualize o seguro que o banco oferece, poderá ser uma contrapartida para reduzir custos do crédito. Exemplos destes custos são o spread ou as comissões. Poderá subscrever o seguro numa companhia à sua escolha, desde que a apólice cubra os requisitos mínimos impostos pelo banco. Deverá, ainda, analisar eventuais apólices que tenha e verificar se alguma contempla as coberturas pedidas.
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