Precisa de financiar projetos sociais da sua organização?
Vai começar um novo projeto social e pretende diversificar as suas fontes de financiamento? A ausência de um objetivo lucrativo representa uma barreira para algumas das opções tradicionais de financiamento. Mas há diversas alternativas para financiar projetos sociais que pode aproveitar.
Tenha em conta, no entanto, que o investimento em economia social tem sofrido algumas alterações ao longo do tempo. Mais do que um donativo ‘cego’, os investidores e cidadãos querem ver rigor, transparência e resultados nos projetos sociais que apoiam. Privilegie, por isso, um planeamento rigoroso, controlo ao longo de todas as fases e uma avaliação de impacto. Dessa forma, terá mais facilidade em financiar projetos sociais. Conheça algumas alternativas para financiar projetos sociais que tem ao seu dispor.
1. Programas específicos para financiar projetos sociais
O setor da economia social é o destinatário específico de diversos programas de financiamento. Poderá aceder, por exemplo, a instrumentos de financiamento público não reembolsável (sobretudo através do programa de fundos comunitários Portugal Inovação Social), sob algumas condições e critérios específicos.
De sublinhar, no entanto, que alguns dos instrumentos de financiamento do Portugal Inovação Social requerem um acordo prévio com um investidor social.
Se o seu projeto social for iniciativa de uma organização já existente, pode ainda submeter uma candidatura à linha de crédito bonificada do Programa Social Investe, concedida por diversas instituições bancárias protocoladas.
Saiba mais sobre os programas para financiar projetos sociais existentes.
2. Investidores sociais e mecenas
Além dos programas de financiamento, poderá tentar entrar em contacto com empresas, instituições e particulares que estejam interessadas em financiar projetos sociais. Muitas empresas têm disponíveis, no seu orçamento anual, uma fatia alocada a ações de mecenato e filantropia, que poderá aproveitar.
Para conseguir atrair financiamento nestes moldes, é essencial que apresente o seu projeto de forma profissional. Isto é, com um planeamento das diferentes fases e uma previsão detalhada de custos.
O apoio de projetos sociais tem vantagens fiscais específicas, tanto para empresas, como para particulares. O Estatuto dos Benefícios fiscais prevê que, em caso de donativos, haja deduções à coleta do IRS (pessoas singulares) e deduções para efeitos de determinação do lucro tributável das empresas, em sede de IRC.
Há também incentivos fiscais a investidores sociais que apoiem a inovação nesta área através de Títulos de Impacto Social. Este é um dos mecanismos existentes no Portugal Inovação Social. Mas lembre-se que o investimento social é diferente do mecenato. Enquanto um mecenas pode não acompanhar o desenrolar do projeto, o investidor social exige uma monitorização contante e avaliação de impacto.
3. Iniciativas e programas privados
Esteja também atento a programas para financiar projetos sociais, em áreas específicas da economia social, lançados por empresas e outras entidades privadas. Com regras próprias de candidatura que variam de iniciativa para iniciativa, esta é uma oportunidade de ganhar apoio para o seu projeto junto de entidades que querem financiar a economia social.
Utilize a plataforma GEOfundos para pesquisar todas as oportunidades de financiamento existentes para organizações da economia social.
4. Crowdfunding
Aproveite o impacto social do seu projeto para reunir apoio, em larga escala, de particulares. Além das tradicionais recolhas presenciais de donativos, complemente este esforço de financiamento com crowdfunding (financiamento colaborativo).
O crowdfunding é uma forma rápida e apelativa de lançar uma campanha de angariação de fundos online – para projetos sociais e não só. Basta inscrever o seu projeto numa das diferentes plataformas de crowdfunding existentes (como a portuguesa PPL, por exemplo), explicar o seu projeto e definir patamares de donativos para os seus apoiantes (e respetivas recompensas). Saiba como tirar partido do crowdfunding
Os conteúdos do blogue Ei – Educação e Informação não dispensam a consulta da respetiva informação legal e não configuram qualquer recomendação.
Este artigo foi útil?