5 organizações de ajuda humanitária que deve conhecer

As organizações de ajuda humanitária têm como objetivo salvar vidas, aliviar o sofrimento e proteger a dignidade humana durante e após catástrofes naturais e desastres provocados pelo Homem. Conheça 5 entidades especializadas neste tipo de auxílio.
Artigo atualizado a 09-03-2022

A intervenção das organizações de ajuda humanitária tem vindo a ganhar importância nos últimos anos, com a escalada de catástrofes naturais, conflitos armados e crises financeiras. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Mundo enfrenta a maior crise humanitária desde a fundação da instituição. Um panorama que coloca alguns desafios de monta às organizações de ajuda humanitária, como a UNICEF, CARE, Save The Children, AMI e Médicos Sem Fronteiras.

5 grandes organizações de ajuda humanitária

1. UNICEF

A UNICEF – Fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Infância – trabalha em 158 países e dedica-se à promoção dos direitos das crianças e dos jovens, procurando dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento.

Quando surgiu?

Inicialmente designada de “Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para as Crianças”, a UNICEF foi criada em dezembro de 1946 para ajudar as crianças europeias, no rescaldo da II Guerra Mundial. Em 1953, tornou-se uma agência permanente da ONU. O nome mudou para “Fundo das Nações Unidas para a Infância”. No entanto, a sigla UNICEF, que a tornou conhecida em todo o mundo, mantém-se.

Em que áreas atua?

Mais de metade dos recursos da UNICEF destina-se a campanhas de vacinação infantil, cuidados de saúde materno-infantil, nutrição, acesso a água potável e saneamento básico.

A agência da ONU centra ainda os seus esforços na prevenção da transmissão do VIH de mãe para filho. Para minorar este flagelo, disponibiliza tratamento pediátrico, previne a infeção entre os jovens e apoia as crianças órfãs e vulneráveis devido à SIDA.

2. CARE

A CARE está presente em 94 países e tem por missão salvar vidas, erradicar a pobreza e alcançar justiça social. O seu foco são as meninas e as mulheres. O motivo? Estes grupos são os principais rostos da pobreza nas comunidades mais pobres do Mundo. Além disso, as quase sete décadas de experiência da CARE mostram que a capacitação da população feminina é a chave para famílias inteiras saírem de uma situação de pobreza extrema.

Quando surgiu?

Foi fundada nos Estados Unidos em 1945. A CARE nasceu da junção de 22 organizações norte-americanas que se mobilizaram para apoiar os sobreviventes da II Guerra Mundial, através do envio de “Care Packages”, que continham alimentos e outros bens essenciais Atualmente, a CARE é uma confederação internacional de 14 organizações.

Em que áreas atua?

A CARE encontra-se entre as primeiras organizações deste género a chegar ao terreno numa crise humanitária. E é das últimas a partir. Durante uma situação de emergência, a organização satisfaz as necessidades imediatas das pessoas afetadas, fornecendo comida, abrigo, água potável e produtos de higiene. Através dos seus programas de emergência, a CARE presta auxílio anualmente a 12 milhões de pessoas.

Além disso, a CARE ajuda as pessoas, famílias e comunidades a construírem as suas vidas após uma crise humanitária. A organização prepara-as ainda para lidarem com catástrofes futuras, de modo a mitigar o seu impacto.

No seu trabalho com as raparigas, a CARE constrói escolas e garante o seu direito à educação. A organização desenvolve também ações para impedir os casamentos infantis (antes dos 18 anos) e forçados.

3. Save The Children

A Save The Children é uma Organização Não Governamental (ONG) que tem como objetivo defender os direitos das crianças e contribuir para que desenvolvam o seu potencial em toda a plenitude.

Quando surgiu?

Esta ONG foi criada em Londres, em 1919, com o propósito de ajudar as crianças nas áreas devastadas pela I Guerra Mundial. Hoje, está presente em 120 países, do Ruanda ao Bangladesh, da Serra Leoa ao Iraque.

Em que áreas atua?

A Save the Childrens responde a situações de emergência provocadas por desastres naturais, fome, guerras ou surtos de doença, protegendo as crianças.

A educação é outra das prioridades desta ONG. A Save The Children apoia programas de educação para crianças, tanto na sala de aula como em casa. Nesta área, a organização distribui ainda livros e brinquedos educativos.

Os cuidados de saúde constituem igualmente uma área de atuação prioritária para a Save The Children. Segundo a organização, 5,9 milhões de crianças morrem todos os anos vítimas de doenças que podem ser evitadas e tratadas.

A Save The Children está ainda empenhada na luta contra a pobreza infantil, uma barreira ao desenvolvimento pleno das crianças. E, porque a pobreza está indissociavelmente ligada à fome, a organização também combate a subnutrição nas regiões mais pobres do Mundo. Para esse efeito, tem programas focados na melhoria do acesso aos alimentos, das práticas agrícolas e das finanças familiares. O objetivo é ajudar os pais a proverem às necessidades básicas dos seus filhos.

4. AMI – Assistência Médica Internacional

A AMI é uma ONG de ajuda humanitária portuguesa. Destina-se a lutar contra a pobreza, a exclusão social, o subdesenvolvimento, a fome e as consequências da guerra em qualquer parte do Mundo.

Na área internacional, a AMI desenvolve três grandes tipos de intervenções:

  • Missões de Emergência;
  • Missões de Desenvolvimento com equipas expatriadas;
  • Projetos Internacionais em Parceria com Organizações Locais (PIPOL).

Quando surgiu?

A AMI foi fundada em 1984 pelo médico-cirurgião urologista Fernando Nobre. Assume-se como uma organização humanitária inovadora em Portugal vocacionada para missões internacionais. Desde 1987, a organização já realizou missões em 79 países, tendo enviado centenas de voluntários e toneladas de ajuda. Em Portugal, a AMI dispõe atualmente de 16 equipamentos e respostas sociais: 9 centros Porta Amiga, 2 abrigos noturnos, 2 equipas de rua, 1 serviço de apoio domiciliário e 2 polos de receção de alimentos do FEAC.

Em que áreas atua?

A AMI desenvolve a sua atividade nas mais variadas áreas: água e saneamento, alimentação e nutrição, ambiente, educação e formação, inclusão social, luta contra a pobreza e saúde. É exemplo da sua intervenção na área de alimentação e nutrição um projeto desenvolvido na Colômbia, num bairro da cidade de Cartagena das Índias onde vivem muitos deslocados. A missão visa avaliar o estado nutricional das pessoas que aí se encontram, desenvolver ações de formação e capacitação agrícola, realizar campanhas de saúde e permitir o acesso à saúde da segurança social. Na mesma área, em Lisboa, a AMI presta apoio domiciliário, satisfazendo necessidades básicas de pessoas que se encontram em situação de isolamento e impossibilitadas de se deslocarem.

5. Médicos sem fronteiras

Oferecer ajuda médica e humanitária a populações afetadas por conflitos armados, epidemias, catástrofes naturais e sem acesso a cuidados de saúde, em qualquer lugar do Mundo. Esta é a principal missão dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) – a maior ONG de ajuda humanitária mundial, na área da saúde. Esta organização tem também como objetivo sensibilizar o público sobre o sofrimento dos seus pacientes, denunciando situações de violação dos direitos humanos mais elementares.

A sua “ação de ajuda humanitária civil e independente das influências políticas” valeu-lhe o Prémio Nobel da Paz, em 1999.

Quando surgiu?

A organização foi fundada em 1971, em França, por jovens médicos e jornalistas que trabalharam como voluntários, no final da década de 60, na Guerra do Biafra, na Nigéria.

A primeira missão dos MSF foi em Manágua, capital da Nicarágua, em 1972, depois de um terramoto ter destruído grande parte da cidade e matado entre 10 000 a 30 000 pessoas.

Atualmente, os MSF desenvolvem programas em 71 países, envolvendo milhares de profissionais de saúde e pessoal administrativo e de logística.

Em que áreas atua?

A atuação da organização é essencialmente médica. Os MSF fornecem cuidados de saúde básicos, realizam cirurgias, combatem epidemias, reabilitam e administram hospitais e clínicas e realizam campanhas de vacinação. São também responsáveis por centros de nutrição e prestam cuidados de saúde mental.

As suas atividades incluem ainda o tratamento de pessoas feridas, prestação de cuidados maternos e fornecimento de ajuda humanitária. Quando necessário, criam sistemas de saneamento, fornecem água potável, entre outras ações.

 

 

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