Conheça os 10 mandamentos da poupança

Reunimos os 10 mandamentos da poupança, para ajudá-lo a gerir as suas finanças. Fique a conhecê-los e aplique-os no dia-a-dia.
Artigo atualizado a 06-11-2024

Gerir o orçamento familiar de forma saudável não é uma tarefa fácil, mas com algum controlo e planeamento é possível alcançar esse patamar. Não existem fórmulas mágicas que possam aplicar-se a todos, mas existem algumas regras universais que ajudam a evitar erros cruciais, a sobreviver nos maus momentos e a prosperar quando os tempos são bons. O Ei reuniu os 10 mandamentos da poupança para ajudá-lo a gerir as suas finanças.

Tome nota de 10 mandamentos da poupança:

1. Elabore um orçamento

O primeiro dos 10 mandamentos é controlar as receitas e as despesas. Só assim saberá quanto vai ganhar, quanto vai gastar e quanto consegue poupar por mês, além de identificar as rubricas com maior margem para diminuir os custos. Existem múltiplas opções de elaboração do orçamento, das mais simples às mais complexas, como tomar nota num caderno, folha de excel, ou em programas e aplicações criadas para o efeito. O importante é ter consciência de quanto ganha mensalmente e qual o valor das suas despesas fixas e variáveis. Ou seja, detalhe os gastos supérfluos, além de anotar os essenciais.

2. Pague a si próprio em primeiro lugar

Entre os mandamentos da poupança, este é o que poderemos caraterizar como “o mais emocional”. Isto porque, pagar a si próprio em primeiro lugar dar-lhe-á a motivação necessária para cumprir os objetivos financeiros que venha a traçar. Na prática, tal significa direcionar uma percentagem do seu vencimento para um produto de aforro, assim que o recebe e antes de pagar a terceiros. Tente colocar, pelo menos, 10% do seu ordenado de lado, no início do mês. Entretanto, poderá ocorrer um de dois cenários: perante constrangimentos orçamentais socorre-se desse montante ou reforça esse valor no final do mês. O segundo cenário é o ideal, mas não desanime se não conseguir cumpri-lo no imediato. Não deixe de criar o fundo de emergência, até porque mês após mês a gestão das suas finanças pessoais será cada vez mais rigorosa.

3. Crie um fundo de emergência

Constitua um fundo de emergência que lhe permita fazer face a imprevistos, como uma situação de desemprego involuntário ou de doença. Nesta matéria, todos os especialistas aconselham a criação de um fundo com montante equivalente a seis meses do seu atual salário, ou valor equivalente, desde que permita o seu sustento durante um semestre sem trabalhar.

4. Não deixe o dinheiro debaixo do colchão

Todas as poupanças que consiga amealhar deverão ser aplicadas, é o que indica o quarto dos mandamentos da poupança. Ter um mealheiro em casa pode ajudar a reforçar as pequenas economias do quotidiano. No entanto, o dinheiro deve estar aplicados para que as poupanças cresçam. Na escolha do produto ou da solução de poupança ou investimento tenha atenção à taxa de juro oferecida, ao prazo de imobilização e a eventuais penalizações por resgate antecipado. E não se esqueça: deixar o dinheiro “debaixo do colchão” não é a melhor opção, uma vez que estará a perder poder de compra.

5. Defina objetivos financeiros

Definir objetivos é normalmente sinónimo de disciplina e o orçamento doméstico não é exceção. É importante que trace metas realistas para a sua poupança e/ou investimento. Os objetivos dependem, muitas vezes, do seu ciclo de vida: comprar casa ou carro, aumentar a família ou poupar para a reforma, entre outros. Para facilitar a concretização dos seus objetivos de longo prazo defina metas curtas e intercalares.

6. Não gaste mais do que ganha

Esta é uma equação simples: Se ganha 1 000 euros não poderá gastar 1 500 euros. Caso contrário o seu défice será de 500 euros no mês seguinte. Se está neste preciso momento a pensar que “não ganha para fazer face às despesas”, então terá que analisar a sua rúbrica de custos fixos e diminui-los obrigatoriamente. Evite que as suas despesas absorvam uma grande fatia do seu rendimento, reduzindo o risco de sobreendividamento. Em simultâneo, poderá tentar aumentar os seus rendimentos, explorando o seu potencial de empreendedor e desenvolvendo o seu micro-negócio, por exemplo.

7. Calcule a sua taxa de esforço

A taxa de esforço é o melhor indicador do estado de saúde das suas finanças. Esta taxa indica qual é o peso (em percentagem) dos empréstimos de uma pessoa no seu rendimento mensal. A taxa resulta da divisão das prestações dos créditos pelo rendimento total disponível todos os meses. E para que as suas finanças sejam consideradas saudáveis, é preciso que a taxa de esforço não ultrapasse 30% a 40% dos rendimentos.

8. Defina estratégias de consumo

Melhorar as suas decisões de consumo e, simultaneamente, otimizar os seus comportamentos são já estratégias de poupança. Distinga o essencial do supérfluo. Explore as várias formas existentes de poupar no supermercado e restaurantes, alimentação, energia, telecomunicações, transportes, combustíveis, entre outros. Se pretende aumentar a sua taxa de poupança tenha em mente dois verbos fundamentais: Comparar e simular. Antes de tomar uma decisão de compra, confronte valores e, sempre que possível, opte pela melhor relação qualidade-preço. Já em matéria de serviços ou produtos procure a melhor solução, recorrendo a simulações.

9. Pague a débito

O crédito permite às famílias comprar bens que de outra forma não teriam acesso, como uma casa ou um automóvel. Os cartões de crédito têm um limite máximo definido (plafond) e a dívida só surge depois de utilizar o cartão.
Se pagar a totalidade do montante utilizado beneficia de um crédito entre 20 a 50 dias gratuito. Se liquidar apenas parte do valor terá uma taxa de juro associada. Evite o efeito bola de neve no pagamento do cartão, arrastando a dívida mês após mês. Sempre que possível opte por comprar e pagar a débito.

10. Não ceda à tentação de impressionar os outros

O último dos 10 mandamentos indica que não deve assumir riscos que comprometam o orçamento da familia. Não ceda à tentação de adotar um estilo de vida acima das suas possibilidades. “Com o dinheiro podemos comprar muitas coisas, mas não o essencial para nós. Proporciona-nos comida, mas não apetite; remédios, mas não saúde; dias alegres, mas não a felicidade”, profetizou Henrik Johan Ibsen, maior dramaturgo norueguês do século XIX.

Agora que já conhece os 10 mandamentos da poupança, comece a aplicá-los no dia a dia das suas finanças.

 

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