“A economia social deve ser melhor percecionada pela sociedade portuguesa”
“Hoje estamos aqui para dar a primazia às pessoas. A economia social lida com pessoas e as pessoas são o nosso propósito no fim do dia. Portanto, é importante que o setor da economia social seja melhor percecionado pela sociedade portuguesa. O lucro é, de facto, termos pessoas mais felizes, a trabalhar devidamente remuneradas, e reduzirmos as patologias sociais”, afirmou o Secretário de Estado do Planeamento, José Gomes Mendes, na sessão de abertura do certame, que contou também com a intervenção do presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos.
Na sua intervenção, o governante considerou que compete a todos – Estado, territórios, empresas, entidades sem fins lucrativos, famílias e indivíduos – encontrar respostas para as necessidades sociais.
“Sem escamotear a responsabilidade do Estado, é importante perceber que o desafio de dar resposta às patologias sociais, é um desafio que nos convoca a todos e não apenas ao Estado, entidade pública. E é deste conjunto que emerge o setor da Economia Social”, disse José Gomes Mendes.
Quanto ao papel do Estado, o Secretário de Estado do Planeamento lembrou que o Governo criou a iniciativa Portugal Inovação Social para dinamizar assim este ecossistema. O Portugal Inovação Social, recorde-se, tem como objetivo patrocinar soluções inovadoras para necessidades especificas, que gerem impacto e possam ser replicadas e convertidas em políticas públicas.
“Estou certo que vale a pena investir na economia social”
Também Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP, defendeu que é necessário fazer mais e melhor para que o setor da economia social ocupe uma posição mais destacada e com maior visibilidade pública na sociedade portuguesa.
“Estou certo que vale a pena investir na economia social. Primeiro, pelo papel que desempenha. Segundo, pelos valores que consubstancia e a dinâmica que imprime na sociedade portuguesa. Terceiro, pelo valor económico e social e pelos postos de trabalho que cria. Quarto, pela inovação social que gera. Quinto, pelas condutas de ética e responsabilidade social que induz”.
“Com vontade política, boas práticas por parte das empresas e de outras organizações que dão força à economia social e estratégias inteligentes e participadas para trilhar este caminho no futuro, estou certo que vamos conseguir fazer mais e melhor pela economia social”, rematou.
Sobre a feira Portugal Economia Social, o presidente da Fundação AIP considerou que “constitui uma oportunidade para se sentir o pulsar da economia social, tanto por via da mostra de produtos, soluções, serviços e conceitos, como a nível de espaço de reflexão e debate, dando expressão às iniciativas e dinâmicas de empreendedorismo e inovação social de inúmeros promotores, privados, públicos e cooperativos”.
A iniciativa Portugal Economia Social, que tem o Alto Patrocínio da Presidência da República, tem como objetivos principais estimular o empreendedorismo e a inovação social, dinamizar projetos económicos e sociais, impulsionar o desenvolvimento local e regional, favorecer a interação e a partilha de boas práticas e estabelecimento de redes e parcerias, apresentar novos produtos e soluções para os vários negócios do sector.
Entre os vários oradores presentes nos dois dias do certame, encontram-se Fernando Amaro, Diretor da Direção de Economia Social do Banco Montepio, e Angélica Aires, da Fundação Montepio.
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