6 passos para criar um fundo de emergência
Nunca sabemos quando vai chegar o momento, mas ele pode estar mesmo ao virar da esquina. Falamos daquelas alturas na vida em que é necessário recorrer a um fundo de emergência. De uma situação de doença ao desemprego, passando pelas alturas de crise económica, há um conjunto de razões que podem justificar a necessidade de recorrer a uma almofada financeira. Para saber como constituir um fundo de emergência para lidar com situações de crise, continue a ler este artigo.
Criar um fundo de emergência, passo a passo
1. Calcule as suas despesas mensais
Comece por contabilizar todas as suas despesas, distinguindo as essenciais das supérfluas (refeições em restaurantes, compras por impulso, mensalidades de canais premium ou plataformas de streaming, jogos de sorte, saídas à noite). Se ajudar, pode fazer essa organização numa tabela. Por exemplo, numa folha de Excel. Como sabe existem despesas fixas (como a renda ou a prestação da casa, do carro, o seguro de saúde) e variáveis (água, luz, gás, supermercado, combustível ou transportes), que influenciam o volume dos seus gastos mensais. Existem ainda outras despesas que são anuais, como é o caso do seguro do carro. Faça uma média ou uma estimativa e, por uma questão de prudência, arredonde as suas despesas por cima.
2. Reduza ao máximo as suas despesas
Depois de ficar com uma ideia da totalidade das suas despesas, é altura de escolher as que pode reduzir. Por exemplo, pode experimentar renegociar todos os contratos (luz, gás, renda, crédito à habitação, seguros) ou mudar de prestadores de serviços. Outra solução é eliminar despesas extras, que, juntas, acumulam dezenas ou centenas de euros por mês (ginásio, cabeleireiro, viagens ao estrangeiro, gastos em ócio e lazer).
3. Contabilize as receitas
Depois de contabilizar e reduzir as despesas, é importante saber também quanto ganha. Se vive do seu salário fixo, as contas são mais fáceis de fazer. Lembre-se de incluir o valor do subsídio de refeição, mesmo que este seja pago em cartão. Se é trabalhador independente, terá rendimentos variáveis. Depois de fazer estes cálculos, o objetivo é retirar do seu ordenado, ou rendimentos, o valor das despesas e avaliar quanto poderia poupar por mês. Experimente considerar a poupança como mais uma despesa, de modo a tornar-se um hábito. Se deixar para o fim do mês o hábito de pôr dinheiro de parte, corre o risco de não poupar.
4. Estime quanto deve ter o fundo de emergência
O valor recomendado para o fundo de emergência depende de cada caso específico. Há especialistas que recomendam que represente, pelo menos, seis vezes o valor das despesas mensais. Ou seja, se as suas despesas forem de 1 000 euros por mês, idealmente deverá possuir uma reserva de 6 000 euros. No caso de trabalhadores por conta própria, é aconselhável que possuam uma reserva que cubra 12 meses de despesas, o que, neste caso, corresponderia a 12 000 euros. Há especialistas que aconselham que constitua já uma poupança equivalente a três meses de todas as despesas e depois, mensalmente, entregue 5% do seu salário para esta causa.
5. Poupe mensalmente
Crie uma poupança que lhe permita reforços assíduos, assegurando-se de que pode mobilizar o dinheiro em caso de necessidade. A modalidade mutualista Poupança Complementar permite fazer crescer uma poupança a partir de 100 euros, com entregas livres ou periódicas e flexibilidade de reembolso. É importante que possa utilizar esta almofada financeira numa emergência, mas também deve ser rigoroso na definição dos motivos que justifiquem mexer neste fundo.
Procure, também, ser disciplinado na poupança: o ideal é dar ordem automática para transferir 5% a 10% do seu rendimento todos os meses. Assim, fica a salvo de esquecimentos e evita gastos desnecessários. Se apenas consegue um pequeno montante, não desanime: o importante é que comece a poupar. Por muito pouco que possa parecer, mais cedo ou mais tarde o objetivo será atingido.
Se recebe o subsídio de alimentação no Cartão de Refeição, utilize-o como mealheiro de poupança. Quando estiver perto de atingir o limite total do Cartão, pague as compras do supermercado com o Cartão de Refeição e transfira essa quantia para a sua poupança. Recomece este ciclo sempre que necessitar.
6. Aprenda a gerir o orçamento em tempos de crise
Além de poupar, há outras estratégias que pode e deve adotar para esticar o seu orçamento em tempos de crise. Por exemplo, pague com dinheiro sempre que possível, não contraia novas dívidas e identifique outras formas de rendimento.
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