Atividade física: 5 desportos para crianças até aos 6 anos

Não existe idade mínima para praticar atividade física. Descubra, neste artigo, cinco desportos que os seu filhos, sobrinhos ou netos podem praticar até celebrarem os 6 anos de idade.
Artigo atualizado a 02-05-2023
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A atividade física é fundamental para uma vida saudável. E até as crianças – mesmo as que ainda não completaram um ano de idade – podem fazer exercício físico e preparar-se para uma vida ativa. De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), as crianças devem praticar “diariamente, pelo menos, 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa.

Tal deve incluir, pelo menos três vezes por semana, 20 a 30 minutos de “atividades como correr, subir e descer, saltar ou outras atividades que solicitem o sistema musculoesquelético para a melhoria da força muscular, da flexibilidade e resistência óssea”, refere a DGS.

Leia este artigo e descubra cinco modalidades que vão ajudar os seus filhos a criarem hábitos saudáveis desde o berço – ou quase.

Qual a atividade física mais adequada a crianças até aos seis anos?

1. Natação

A partir dos seis meses de idade, os bebés podem participar em aulas de natação com os pais e professores, iniciando a adaptação ao meio aquático. Apesar da tenra idade, os benefícios são claros, de acordo com Nuno Ferreira e Marco Ramos, diretor técnico e coordenador de natação do Bela Vista – Aqua & Fitness, respetivamente. Entre estes destacam-se a prevenção do afogamento, o fortalecimento do sistema respiratório e as melhorias nos sistemas percetivo-motor, cinético-cognitivo e sensório-motor.

“A diversificação dos estímulos e o alinhamento adaptado a cada criança promovem o seu desenvolvimento multilateral. Desta forma, estamos a desenvolver ferramentas que não se extinguem nos benefícios motores, mas atingem a autoconfiança, a autoestima e as relações que conseguem estabelecer tendem, de forma clara, para o socialmente adaptado”, explicam os responsáveis.

Há mar e mar, há ir e nadar

Num país com 900 quilómetros de costa (excluindo ilhas), é importante dotar as crianças de competências para saberem nadar. “Quanto mais cedo uma criança souber nadar, mais cedo pode, em segurança, praticar as atividades ligadas ao meio aquático, sejam elas no mar, no rio, na piscina ou até na banheira”, alertam os responsáveis.

Numa fase inicial, a criança deve ter duas aulas de natação por semana, para não se perder em aprendizagens e adaptações. “Há uma grande evolução nas aulas de natação de hoje em dia, que são divididas por idade e competência, tornando os grupos muito homogéneos”, explicam Nuno Ferreira e Marco Ramos. Por outro lado, há hoje, por parte dos pais, um foco maior na segurança e na criação de hábitos saudáveis de vida [para as suas crianças], sobretudo numa idade mais jovem. O importante já não é a competição, mas a importância de saber nadar e fazer atividade física.

A escola de natação Bela Vista – Aqua & Fitness segue a regulamentação da Federação Portuguesa de Natação (FPN) para as escolas, criando objetivos específicos para cada nível dentro de um determinado escalão etário. A escola apoia-se ainda nas publicações mais recentes da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) e da Universidade Lusófona para afinar o seu ensino.

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2. Ballet

Três anos é a idade mínima para as crianças participarem nas aulas de ballet da Oeiras Dance Academy. Única regra? Têm de ficar sozinhas na sala, sem os pais presentes, confirma Pedro Marques Fidalgo, diretor-executivo da escola parceira Montepio. Idealmente, as crianças deverão frequentar duas aulas por semana, mas apenas uma aula “já faz toda a diferença”, assegura o responsável.

“O ballet trabalha a coordenação, o ritmo, a musicalidade, a memória, o equilíbrio, entre outras competências fundamentais no desenvolvimento da criança”, explica Pedro Fidalgo Marques.

A correção postural é uma das mais-valias desta atividade física, o que leva, inclusive, a que alguns profissionais de saúde recomendem a prática desta modalidade para os mais jovens. “A dança, de uma forma geral, e o ballet em particular, ajudam na correção postural”, confirma o diretor-executivo da Oeiras Dance Academy. “Várias crianças têm vindo [para a nossa escola] recomendadas por ortopedistas, como complemento da correção postural. E os resultados são bastante satisfatórios.”

Aprendizagem suave, para cativar as crianças

Licenciado em dança e a frequentar o programa de doutoramento em dança da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa, Pedro Fidalgo Marques admite que, ao longo dos anos, o ballet evoluiu em termos de abordagens pedagógicas. “A aprendizagem tornou-se mais suave, de modo a cativar as crianças enquanto elas continuam a evoluir tecnicamente.”

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3. Dança criativa

A exemplo do ballet, também a dança criativa na Oeiras Dance Academy aceita alunos a partir dos três anos de idade. Uma vez mais, os pais ficam de fora da aula. E as semelhanças não param por aqui. Segundo Pedro Fidalgo Marques, não existe uma diferença entre o ballet e a dança criativa ao nível do desenvolvimento físico, motor ou psicológico de uma criança até aos seis anos.

“As duas são técnicas de dança e têm abordagens pedagógicas semelhantes. A diferença é que a dança criativa tem uma abordagem mais livre e geral à dança, enquanto o pré-ballet está mais relacionado com o universo do ballet”, explica o responsável.

Além de uma atividade física, a dança é também uma atividade cultural e artística. “A dança é extremamente completa e trabalha também a criatividade e a componente artística das crianças.”

É pró menino e prá menina

Começar a praticar dança criativa a partir dos três anos, de acordo com Pedro Fidalgo Marques, será o equivalente à criança frequentar o pré-escolar, no sentido em que “vai desenvolver ferramentas e competências para, no futuro, ser uma criança mais coordenada, mais atenta e com uma melhor noção de ritmo”, prossegue.

Quase sempre, associamos a dança criativa, mas também o ballet, a crianças do sexo feminino. Pedro Fidalgo Marques diz que está na altura de quebrar preconceitos acerca desta atividade física. “A dança é para todos e temos rapazes fantásticos que apenas precisam que os pais acreditem neles”, afirma, dando como exemplo um aluno da Oeiras Dance Academy que começou a dançar aos 13 anos e já foi três vezes campeão mundial. “Este ano, está a lutar por revalidar o título com a sua namorada, que também conheceu na dança.”

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4. Yoga

As escolas de natação aceitam crianças a partir dos seis meses, mas o yoga vai mais longe e as suas aulas podem contar com bebés de dois ou três meses, sempre acompanhados pelos pais. Para se libertarem das amarras parentais, as crianças têm de esperar até aos 3 ou 4 anos. “Após o nascimento, e se o bebé e a mãe estão bem, podem começar a praticar yoga através do toque, da pele com pele, para o bebé ficar tranquilo e relaxado”, explica a professora Clarisse Silveira, responsável pela atividade no espaço mutualista atmosfera m Porto.

O yoga para bebés “ajuda os pais e filhos a conhecerem-se melhor” através de uma comunicação não verbal, afirma, por sua vez, a professora de yoga Raquel Tuna, responsável pela atividade na atmosfera m Lisboa.

Entre os principais benefícios do yoga para bebés, Clarisse Silveira e Raquel Tuna destacam:

  • Reforça a ligação entre bebés e pais;
  • Estimula a inteligência cognitiva e emocional;
  • Promove um sono mais calmo;
  • Trabalha a coordenação motora e de equilíbrio;
  • Ajuda o bebé na transição para outros estágios de desenvolvimento.

Os espaços mutualistas atmosfera m de Lisboa e Porto promovem aulas de yoga gratuitas para bebés ou crianças. Estes espaços, serenos e confortáveis, permitem realizar aulas em ótimas condições. Saiba mais nas Experiências Montepio.

5. Judo

Praticada desde o final do século XIX, esta arte marcial desenvolveu-se em Portugal com a chegada do mestre Kiyoshi Kobayashi, no final dos anos 1950. Hoje, o judo tem mais de 14 000 praticantes federados no nosso país, de acordo com o portal de estatísticas Pordata (dados de 2020), sendo que os mais jovens podem começar aos três ou quatro anos. “Depende da maturidade”, explica Luís Serra, professor de judo da Escola de Judo Nuno Delgado.

O professor afirma que o judo é uma excelente ferramenta de desenvolvimento motor geral da criança, uma vez que permite “um enorme contacto físico com crianças da mesma idade”, sendo esta uma componente importante a desenvolver. “[O judo] promove o respeito pelo adulto e outras crianças e ajuda ao desenvolvimento da concentração desde tenra idade. E tudo isto é aprendido através do brincar”, reforça Luís Serra.

Existem outros benefícios. “O judo permite que as crianças estejam descalças durante as aulas, o que contribui para o desenvolvimento da propriocetividade. E alia isso a um completo desenvolvimento motor, maioritariamente coordenativo, adequado a cada uma das idades”, continua o professor de judo.

Além disso, o judo ajuda no desenvolvimento da concentração nas idades mais jovens e desenvolve o respeito e entendimento das regras. “As crianças aprendem a gerir frustrações, saber ouvir e desenvolver o foco nas tarefas”, explica Luís Serra.

Até aos seis anos, os judocas devem frequentar as aulas uma vez por semana. Foi com esta idade, aliás, que Luís Serra começou a praticar a arte marcial. Nessa altura, recorda o profissional, o ensino do judo, como o de outras modalidades, era muito tradicional e nem sempre adequado às idades de quem praticava. “Sem falar nos erros ao nível de exercícios e da sua biomecânica, que trouxeram lesões em idades mais avançadas”, recorda.

Hoje, tudo mudou e o judo progrediu bastante até aos nossos dias. “A existência de treinadores com formação profissional veio ajudar bastante o desenvolvimento do ensino. Sabemos exatamente o que ensinar em cada escalão da idade, que tipo de exercícios não devemos apresentar. O que, na prática, se traduz a ter uma metodologia de treino correta”, explica Luís Serra, que forma judocas há 20 anos.

Sem pais, não há treinadores

Luís Serra refere que, nestas idades, motivar as crianças não é difícil. No entanto, cabe aos pais terem um dos mais importantes papéis neste sentido. “Por exemplo, se uma criança não quer ir mais aos treinos, é importante falar com o treinador e entender a razão. E saber se não é apenas um birra”, explica o professor, que termina com uma frase lapidar: “Sem pais não há treinadores.”

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