Projeto “De Mãos Dadas” vence Prémio Voluntariado Jovem Montepio

Foram 9 as candidaturas recebidas de 9 entidades distintas, entre janeiro e março deste ano. As propostas foram submetidas a avaliação de um júri convidado pela Fundação Montepio, em representação das seguintes entidades: Montepio Associação Mutualista, Centro Português de Fundações, Confederação Portuguesa de Voluntariado, Associação Portuguesa Para a Diversidade e Inclusão e GRACE.

Consideradas as avaliações, a Entidade Vencedora da Categoria “Candidaturas Espontâneas” foi a Direção Regional de Educação da Madeira, com o projeto “De Mãos Dadas”.

Sobre o projeto “De Mãos Dadas”:

“O projeto “De Mãos Dadas” pretende intervir para além da área de prevenção, atuar em várias frentes que têm bloqueado a participação e inclusão da população numa sociedade que se diz inclusiva. É necessário intervir junto dos jovens para que não se tornem vítimas destas estruturas vulneráveis, dando-lhes a oportunidade de, em primeiro lugar, sonhar, e, em segundo lugar, de desenhar o seu lugar na sociedade com base no conhecimento e exercício pleno dos seus direitos, constituindo-se uma das prioridades deste projeto numa tentativa de quebrar ciclos de intensa exclusão. É preciso fazer com que o jovem acredite num futuro melhor, um futuro ensolarado, e que é possível lá chegar, com avanços e recuos sucessivos”.

“Neste sentido, através de atividades, como a confeção e empratamento de alimentos, a execução do serviço de mesa e a limpeza de veículos automóveis, pretende reabilitar as capacidades e competências sociais dos jovens; reabilitar capacidades de trabalho, socialização e de autonomia; promover a inserção social/profissional; recuperar hábitos de trabalho; satisfazer necessidades básicas e de saúde; promover a motivação e envolver o formando no processo de mudança; sensibilizar e envolver a comunidade e integrar uma rede de parceria.”

Objetivos do projeto:

“Definimos como objetivos específicos: promover formas saudáveis de ocupar os tempos livres; sensibilizar como forma de prevenção e conhecimento das consequências dos comportamentos de risco, promover a cidadania ativa e participativa do jovem; promover e dar a conhecer ao jovem os seus direitos, deveres e valores necess6rios, para que tenha, ao longo da sua vida, um papel ativo e participativo na comunidade; proceder ao aprofundamento e encaminhamento de vulnerabilidades sociais através de um atendimento personalizado, criativo e dinâmico e da potencialização das relações de parceria; criar um serviço de proximidade; promover a inclusão social e o acesso igualdade de oportunidades; apoiar e dinamizar espaços que impulsionem a participação ativa da população na tomada de decis6es sobre o seu projeto de vida, na defesa dos seus interesses; fomentar a construção de laços afetivos suficientemente fortes e duradouros através de um processo interativo e reciproco.

O projeto “De Mãos Dadas” pretende, ainda, incrementar as competências pessoais e sociais dos formandos, contribuindo para maior proximidade no plano afetivo e relacional; estimular e motivar a participação dos formandos e da família nos projetos da instituição; estabelecer parcerias intra e interinstitucionais que vão ao encontro das necessidades e problemas apresentados.”

Destinatários:

“São destinatários do projeto “De Mãos Dadas” os jovens que frequentam o 1.º ano das Ações Formativas de Cozinheiro/a e Mecânico/a de Serviços Rápidos e o 2.º ano de Empregado/a de Mesa, bem como, os formandos que através do voluntariado participativo mostrem interesse e responsabilidade ativa/social em fazer parte integrante do projeto. Pretende-se sobretudo que os jovens atuem de um modo tão autónoma, independente e eficiente quanto possível, reconhecendo o seu valor físico e social na execução das suas tarefas. Isto é, através do voluntariado o individuo mostra os seus gostos e interesses, bem como a sua realização pessoal em fazer um trabalho de modo gratuito, o que muitas vezes leva a entidade empregadora a lhe proporcionar uma oportunidade de trabalho. Neste sentido, o individuo ao ter essa oportunidade, não se fortalece os seus lagos sociais, como recomeça a sua prática cívica e profissional.”