Portugal apaixonado: os melhores locais para poupar a dois

Portugal apaixonado: os melhores locais para poupar a dois
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ara celebrar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, embarque numa viagem a dois por alguns dos locais que fazem o nosso coração bater mais rápido. Sempre a poupar com os parceiros do Montepio Associação Mutualista.

Portugal é um país historicamente romântico, ou não tivesse já dividido o mundo com a parceira Espanha. Neste artigo, escolhemos quatro cidades para passar três dias românticos, mas sem perder de vista a poupança nos parceiros Montepio. Vamos a isso?

Coimbra, capital do romance

Em Coimbra, a história, a tradição e o romantismo cruzam-se de um modo quase perfeito. Não é de admirar, por isso, que a tenhamos escolhido para iniciar este périplo por alguns dos locais mais românticos de Portugal.

Situada nas margens do rio Mondego, Coimbra é uma das cidades mais antigas de Portugal, com raízes que remontam ao tempo dos romanos. Foi aí, por exemplo, que se passou uma das mais belas histórias de amor que Portugal conheceu: a de Pedro e Inês. É certo que o romance teve um final trágico, mas Coimbra, com os seus recantos históricos e jardins pitorescos, permanece na memória dos portugueses como um símbolo desse amor, que inspirou inúmeros poetas ao longo dos séculos, como Luís Vaz de Camões.

Dia 1: Primeira paragem: Conímbriga

Chegados à cidade dos estudantes, está na hora de conhecer o hotel onde vamos ficar instalados: o Conímbriga Hotel do Paço, um 4 estrelas localizado em Condeixa-a-Nova, a uma distância de dez minutos do centro da cidade.

Quando nos aproximamos do Conímbriga Hotel do Paço, a primeira impressão é a de um cenário encantador que remonta ao passado. E não é para menos. Afinal, as raízes do hotel levam-nos até ao século XVI, altura em que nasceu o Palácio dos Almadas, um edifício que pertencia a uma família nobre descendente de D. Álvaro Vaz de Almada, 1º Conde de Avranches. Em 1811, na altura das invasões francesas, o palácio foi incendiado e totalmente destruído. Posteriormente foi reconstruído, mantendo grande parte da traça original, e transformado num hotel de charme. “É o que dá este ar nobre ao espaço”, explica José Ferreira, diretor-geral do Conímbriga Hotel do Paço.

O hotel é composto por um elegante edifício, com uma fachada em tons claros, que exibe uma arquitetura clássica. O espaço é abraçado por um ambiente natural tranquilo e, mesmo em frente ao edifício principal, encontra-se uma piscina que promete momentos relaxantes a dois. “É um espaço idílico”, assegura o responsável. “Os casais podem usufruir da piscina e dar passeios no nosso lindíssimo jardim, que tem um pequeno bosque, ou, se preferirem, relaxar no SPA com piscina interior”, prossegue. A cereja em cima do bolo é o “pôr do sol incrível” que, tal como explica José Ferreira, é bastante distintivo dos típicos pores do sol. “Tem a ver com a localização do hotel. Como está todo virado a poente, no alto, cria uma atmosfera muito romântica”, remata.

Quanto custa: 110 euros/noite
Quanto poupámos: 11 euros

A antiga cidade romana de Conímbriga foi descoberta no século XVI, mas os trabalhos só começaram três séculos depois (Foto: Turismo Centro Portugal)

Uma vez instalados, é hora de explorar as redondezas. Começamos por uma viagem às ruínas de Conímbriga, uma antiga cidade romana. Trata-se de um dos sítios arqueológicos mais importantes e bem preservados de Portugal, onde podemos maravilhar-nos com as infraestruturas construídas pelos romanos, com destaque para as casas nobres com mosaicos policromos, os jardins, as termas, a muralha e os restos do Fórum. A visita ao Museu Monográfico de Conímbriga também é imperdível, onde podemos ver muitos dos artefactos encontrados nas escavações (entrada: 8 euros).

De Conímbriga seguimos em direção às Buracas do Casmilo, uma recomendação de José Ferreira. “É um passeio bastante apreciado pelos casais”, diz o responsável. Demoramos cerca de trinta minutos de carro até chegar à aldeia de Casmilo, onde estacionamos o automóvel. Espera-nos uma caminhada de pouco mais de um quilómetro até chegar ao local. Mas vale bem a pena. As Buracas do Casmilo são formações geológicas impressionantes, resultado da erosão de antigas grutas subterrâneas. Ao chegar, somos recebidos por enormes arcos naturais e paredes rochosas que se erguem majestosas no meio da paisagem verdejante. É um local perfeito para caminhadas, fotografia e um piquenique romântico.

Depois do almoço seguimos para o Parque Biológico da Serra da Lousã, localizado em Miranda do Corvo, onde podemos encontrar uma das maiores amostras da fauna selvagem de Portugal, incluindo aves de rapina, ursos-pardos, linces ou lobos. No topo encontramos o Templo Ecuménico Universalista. “É uma pirâmide no cume da serra, muito apreciada pelos casais, pois dá fotografias incríveis”, prossegue José Ferreira.

Dia 2: Coimbra romântica

O segundo dia contempla um passeio inspirado na lenda de Pedro e Inês. Começamos por uma visita às ruínas do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fundado em 1283, perto do Mondego e da Quinta das Lágrimas. Foi no Paço de Santa Clara, um palácio anexo ao mosteiro mandado construir pela rainha D. Isabel, avó de D. Pedro, que o casal viveu e teve quatro filhos, para escândalo da população (entrada: 4 euros).

Seguimos para a Quinta das Lágrimas, local onde, conta a lenda, Inês chorou pela última vez ao ser trespassada pelos punhais de três fidalgos. Diz-se também que a Fonte das Lágrimas surgiu das lágrimas e sangue derramados por Inês enquanto era morta, e que as marcas avermelhadas nas pedras ao seu redor são o sangue misturado com a água.

Aproveitamos a proximidade do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, a cerca de 700 metros dos jardins, para fazer uma visita. Este edifício foi erguido em 1696 para substituir o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, recorrentemente fustigado pelas cheias do Mondego. Atualmente, o túmulo e os restos mortais da rainha Santa Isabel podem ser visitados na capela-mor do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

Quanto custa: 10 euros (2 pessoas com visita completa com guia)
Quanto poupámos: 2 euros

Situada na margem esquerda do Mondego, a Quinta das Lágrimas abraça as lendas que proporcionam amor eterno a Pedro e Inês (Foto: Turismo Centro Portugal)

Dia 3: Aula de surf a dois

Ao terceiro dia, vamos para o litoral, mais propriamente para a Figueira da Foz. O motivo? Fazer uma aula de surf a dois. Somos recebidos por instrutores simpáticos e experientes da Dude Surf School, vestimos os fatos e começamos. A aula dura noventa minutos e é dividida em três momentos: aquecimento, explicação e diversão. Começamos com um aquecimento dinâmico, realizando exercícios de mobilidade articular e brincadeiras que ativam o sistema cardiorrespiratório. Depois, aprendemos as técnicas básicas de surf, regras de segurança e como aproveitar as ondas.

Finalmente, chegou a hora da diversão. Com a prancha na mão, entramos na água e começamos a apanhar pequenas ondas. No final, saímos da água radiantes, prontos para guardar as memórias desta experiência única.

Quanto custa: 100 euros (2 pessoas, na época alta)
Quanto poupámos: 20 euros

Viseu, cidade de Viriato

Muita história se passou nesta bonita cidade do interior de Portugal e que inspirou uma das obras românticas mais marcantes da literatura portuguesa: Amor de Perdição, da autoria de Camilo Castelo Branco. Foi nesta cidade que Simão e Teresa, os dois protagonistas, trocaram olhares pela primeira vez e se apaixonaram perdidamente.

Dia 1: Passeio pelo centro histórico

O dia começa com um passeio pelo centro histórico de Viseu. A primeira paragem é na emblemática Praça D. Duarte, onde admiramos as fachadas antigas que rodeiam a praça dedicada ao rei que nasceu em Viseu, em 1391. Em poucos passos chegamos ao Adro da Sé, onde se destaca a magnífica Sé de Viseu, uma catedral que mistura elementos românicos, góticos e renascentistas, e a Igreja da Misericórdia, com a sua impressionante fachada barroca. Aproveitamos para entrar e explorar o interior. Mesmo ao lado, o Museu Nacional Grão Vasco convida-nos a mergulhar na arte portuguesa dos séculos XV e XVI, com destaque para as obras do mestre Vasco Fernandes (entrada: 4 euros).

Depois de uma manhã agitada, é hora de nos instalarmos no Montebelo Viseu Congress Hotel & SPA, um hotel de 5 estrelas que conta com um restaurante, bar com vista panorâmica e um SPA, perfeito para momentos mais relaxados.

Quanto custa: 150/noite (em outubro)
Quanto poupámos: 15 euros

Dia 2: Até à Serra do Caramulo

No dia seguinte, decidimos ir até à Serra do Caramulo. Começamos por conhecer o famoso Baloiço Barriga de Mulher, com uma vista deslumbrante. É o local perfeito para relaxar e tirar fotografias a dois, dignas de Instagram.

Continuamos até ao Museu do Caramulo, localizado na vila homónima. Aqui, é possível apreciar obras de artistas como Vieira da Silva, Pablo Picasso e Salvador Dalí. Porém, um dos chamarizes deste museu é a coleção de bicicletas e triciclos antigos, 30 motociclos e 70 automóveis, entre os quais o mais antigo automóvel ainda em funcionamento em Portugal, um Peugeot de 1899 (entrada: 9 euros).

Está na hora de jantar, por isso dirigimo-nos até ao restaurante ACERT, em Tondela. Ao chegarmos, somos envolvidos por uma atmosfera calma e sofisticada, onde a música de fundo confere um toque intimista. O restaurante está localizado no Centro Cultural ACERT. “Tem espaços diferentes e uma oferta cultural variadíssima”, explica Fernando Figueiredo, responsável do restaurante.

Após um cocktail de boas-vindas, começamos a nossa refeição com umas gambas grelhadas acompanhadas de um risoto de limão, um prato leve e saboroso. A seguir, experimentamos uma das especialidades da casa: bacalhau lascado com bacon e ovo, “uma criação inovadora que combina o tradicional com um toque moderno”, prossegue.

Se pretender uma experiência mais romântica, pode contactar o restaurante e requisitar uma mesa mais recatada, uma vela ou decoração mais elaborada na mesa. “Por exemplo, já colocámos pétalas de rosa na mesa. Podemos fazer algumas sugestões ou a pessoa propor algo nesse sentido”, remata o responsável.

Quanto custa: 70 euros
Quanto poupámos: 7 euros

Situada entre as duas beiras, a Serra do Caramulo é conhecida pela qualidade das águas e pureza do ar. Ideal, também, para conhecer a dois (Foto: Turismo Centro Portugal)

Dia 3: Visita aos Geossítios de Arouca

A cerca de 60 quilómetros de Viseu encontramos Arouca. Está um dia bonito e decidimos fazer a Jipe tour – Serra da Freita Geossítios, uma experiência turística da Rotas no Paiva que combina aventura e a exploração geológica na Serra da Freita. O ponto de encontro é às 09h00 no Centro Histórico de Arouca, local onde tomamos um café e degustamos doces conventuais. “A história dos doces conventuais está ligada ao mosteiro da rainha Santa Mafalda”, começa por explica Sónia Barbosa. Depois de uma rápida visita à igreja local, é hora de entrar no jipe e começar a exploração.

“Na Serra da Freita, temos um geossítio (locais de interesse geológico) único no mundo: as Pedras Parideiras”, continua a responsável. “É uma rocha magmática que, ao longo do tempo, através da erosão e desgaste, solta nódulos constituídos por outro material. É um fenómeno único no mundo!”, exclama. Depois da visita à rocha, que ocupa cerca de um quilómetro quadrado, subimos à torre do radar meteorológico para apreciar uma vista 360 graus da Serra da Estrela, da ria de Aveiro e da Póvoa de Varzim. “Esta é, talvez, a parte mais romântica da visita, pois a vista é realmente incrível”, diz Sónia Barbosa.

Seguimos para a Frecha da Mizarela, a cascata mais alta de Portugal Continental (cerca de 910 metros). A cascata pode ser apreciada ao longe, no Miradouro da Frecha da Mizarela, ou de perto, descendo pelo trilho existente. Decidimos fazer o caminho, cerca de 500 metros, para nos refrescarmos na pequena lagoa onde se pode mergulhar. “Esta parte é opcional, porque o caminho é íngreme e há pessoas que não gostam”, afirma Sónia.

A fome começa a apertar, por isso fazemos um piquenique perto do miradouro do Detrelo da Malhada. Estendemos a toalha e experimentamos as iguarias locais que a Rotas no Paiva nos disponibiliza. Regressamos, assim, com a alma e a barriga satisfeitas.

Quanto custa: 130 euros (2 pessoas)
Quanto poupamos: 26 euros (2 pessoas)

Tavira, terra de lendas mouras

A lenda da moura do castelo de Tavira conta a história de uma jovem moura, encantada pelo seu pai para proteger um tesouro escondido no castelo. Diz-se que todas as noites de São João ela aparece a chorar, à espera de ser liberta por um homem corajoso que consiga quebrar o feitiço. A lenda diz que apenas o amor verdadeiro pode salvá-la, mas, até hoje, a moura continua presa, guardando o castelo de Tavira.

Dia 1: Percurso pela Tavira islâmica

Ao chegarmos ao Aldeamento Pedras d’el Rei somos recebidos por um ambiente acolhedor e tranquilo que imediatamente nos faz sentir em casa. O pitoresco comboio que nos leva até à praia do Barril para mesmo em frente à entrada do aldeamento e é isso que decidimos fazer. Depois de uns banhos de sol, regressamos à Villa T1 onde ficamos instalados, para nos prepararmos para uma visita a Tavira.

Quanto custa: 204 euros/noite
Quanto poupámos: 40,8 euros/noite

Começamos a nossa jornada na Praça da República, o coração de Tavira. É um dos principais pontos de comércio da cidade, onde podemos encontrar vários cafés, restaurantes, lojas e o histórico Mercado da Ribeira. Aproveitamos para ver o obelisco, um monumento que homenageia os militares de Tavira que foram combatentes na Grande Guerra e morreram em combate na Flandres (França).

Seguimos em direção à Igreja de Santa Maria do Castelo, que simboliza a transição de Tavira do domínio muçulmano para o cristão. Construída sobre a antiga mesquita principal, a igreja foi erguida no século XII, após a Reconquista, refletindo a nova ordem religiosa e política. Por fim, a próxima paragem é o castelo de Tavira, que serviu de fortificação durante a ocupação árabe. As muralhas do castelo oferecem vistas panorâmicas deslumbrantes sobre Tavira e a costa.

Dia 2: Passeio de barco

Hoje, o dia começa cedo. Vestimos o fato de banho, colocamos protetor solar e seguimos até Albufeira, para passar a manhã numa das praias mais elogiadas do país: a praia da Falésia. Famosa pelas suas falésias avermelhadas que contrastam com o azul intenso do mar e a areia dourada, esta praia é o verdadeiro paraíso do Algarve.

Perto do meio-dia, quando o sol começa a ficar mais forte, resolvemos sair da praia. Aproveitamos o facto de estarmos estamos perto da marina de Albufeira para almoçar. Para a tarde marcámos um passeio de catamarã para observar golfinhos e para passear pelas Grutas de Benagil. A empresa que nos vai levar nesta aventura é a Algarexperience, especializada em experiências no mar.

Chegamos com trinta minutos de antecedência ao Belize Lounge, o que nos dá tempo para beber um cocktail – com um desconto de 15% – e relaxar. Quando chega a hora de embarcar, dirigimo-nos ao catamarã, um barco confortável com casa de banho e wi-fi gratuito. Partimos, então, em direção à costa algarvia. Os guias mostram-nos pontos de interesse, como o Arco do Triunfo, uma formação rochosa esculpida pela erosão do vento e das marés, que conquistou este nome devido às suas parecenças com o monumento parisiense. Paramos, ainda, na Gruta do Capitão, que só é acessível de barco e em condições marítimas favoráveis. Um verdadeiro tesouro, com uma pequena praia no interior, onde é possível tirar fotografias e apreciar esta escultura natural.

Quanto custa: 35 euros/pessoa
Quanto poupámos: 5,25 euros/pessoa

Regressamos à praia da Falésia, pois temos uma reserva marcada no Yakuza Algarve, considerado por muitos o melhor restaurante japonês da região. O restaurante situa-se no Pine Cliffs Resort, com acesso direto pelo exterior, e apenas está aberto ao jantar. Ao chegarmos, somos imediatamente cativados pela atmosfera sofisticada do restaurante. Começamos com um brinde de espumante rosé e partilhamos, como entradas, um tártaro de toro e umas gyozas green. Como prato principal, escolhemos um combinado de sushi & sashimi, que acompanhamos com sake para intensificar os sabores. Foi uma refeição deliciosa.

Quanto custa: 245 euros
Quanto poupámos: 24,5 euros

O Zoo de Lagos é um dos mais antigos parceiros Montepio, Aqui, pode mergulhar com os pinguins e alimentar lémures, entre outras atividades

Dia 3: Mergulho com os pinguins

Acordamos cedo, prontos para mais uma aventura. Após um pequeno-almoço tranquilo, partimos em direção a Lagos, para explorar o Zoo local. Trata-se de um jardim zoológico moderno, com cerca de três hectares, 150 espécies animais e 200 espécies botânicas. “Cerca de 60% da nossa coleção animal são aves, o resto divide-se entre mamíferos e répteis”, explica Paulo Figueiras, diretor do Zoo de Lagos.

A missão do zoo é educar, proteger e conservar e, por isso, é dada prioridade a espécies com maior risco na natureza. “Temos uma espécie que está extinta na natureza, a rola-de-socorro, e que estamos a reproduzir para enviar para a ilha Socorro, no México, onde serão reintroduzidas no seu habitat”, prossegue o responsável.

O espaço é descrito por Paulo Figueiras como “romântico”, pois as barreiras visuais são mínimas, o que permite uma ligação próxima entre as pessoas e as criaturas que habitam o local. Um dos locais preferidos para tirar fotografias é o lago dos flamingos. Porém, uma das experiências mais cativantes é a interação com os lémures (50 euros/pessoa), onde tivemos a oportunidade de entrar nas suas instalações e dar-lhes comida, sempre orientados pelo tratador.

No Zoo de Lagos é possível “mergulhar e observar os pinguins no seu ambiente, a nadar e interagir de forma natural. Claro que estão separados por um vidro”, explica o diretor do Zoo. “Este projeto foi criado há três anos e é totalmente inovador, porque não há outro zoo que tenha este tipo de atividade”, prossegue. Esta atividade só está aberta durante a época balnear, entre abril e setembro.

Quanto custa: 38 euros (2 pessoas)
Quanto poupámos: 5,70 euros (2 pessoas)

São Miguel, ilha dos amores

A beleza única de São Miguel inspirou inúmeras lendas e histórias de amor locais, como a lenda da lagoa das Sete Cidades, que fala de um romance impossível entre uma princesa e um pastor. Reza a lenda que quando o pai da princesa descobriu que os dois se encontravam furtivamente, proibiu-os de se encontrarem. Desolado, o casal encontrou-se uma última vez junto à lagoa das Sete Cidades, onde choraram a sua separação. As lágrimas da princesa, de um azul profundo, e as do pastor, de um verde vibrante, encheram a cratera.

Dia 1: Visita à lagoa das Sete Cidades

Assim que chegamos ao aeroporto João Paulo II, fomos buscar o automóvel que alugámos previamente na WayZor e, seguindo as indicações do GPS, dirigimo-nos para a Quinta de São Caetano, onde iríamos ficar instalados​​.

Quanto custa: 86 euros/três dias
Quanto poupámos: 12,90 euros

Ao chegarmos, somos recebidos por Luís Pimentel, o proprietário da quinta, e ficamos imediatamente encantados pela beleza bucólica do local. “Bem-vindos à nossa casa”, disse, enquanto nos mostrava o caminho. “Vivemos aqui desde 1997, mas só em 2004, depois de umas obras de renovação, é que abrimos as portas para receber os nossos primeiros hóspedes.”

Na altura, recorda Luís Pimentel, foram pioneiros no turismo rural em São Miguel. “A nossa ideia sempre foi oferecer algo mais do que um simples lugar para dormir”, disse. “Aqui, os hóspedes têm a oportunidade de viver uma experiência mais pessoal, quase familiar. Fazemos questão de acompanhar os turistas, partilhar histórias e garantir que se sentem em casa.”

A quinta dispõe de diferentes opções de alojamento: três quartos duplos com casa de banho privativa e uma sala de estar comum, bem como um jardim acolhedor e a Casa do Caseiro com disponibilidade para quatro pessoas, ideal para famílias com crianças. “Quem quiser, pode tomar o pequeno-almoço aqui, na sala de jantar ou no terraço, com vista para o jardim, embora muitos prefiram explorar os restaurantes locais.”

Passeando pelos jardins, Luís mostrou-nos os vários recantos acolhedores onde os casais podem desfrutar de momentos de tranquilidade e romance. “Este ambiente bucólico, sem ruídos perturbadores, apenas o som dos pássaros e o cheiro dos eucaliptos, cria uma atmosfera especial para quem procura uma escapadela romântica”, afirma o proprietário. “E os nossos hóspedes adoram. Muitos vêm para celebrar ocasiões especiais, como luas de mel, e nós fazemos questão de os surpreender com pequenos mimos, como uma garrafa de champanhe e alguns doces regionais”, prossegue.

Quanto custa: 145 euros/noite (quarto duplo – época alta)
Quanto poupámos: 14,50 euros/noite

Dois hóspedes da Quinta de São Caetano aproveitam um pequeno-almoço romântico. O associados Montepio beneficiam de 10% de desconto em alojamento

Dia 2: Observar as baleias

No segundo dia procurámos uma das experiências mais emocionantes que os Açores têm a oferecer: o whale watching, com a Terra Azul. Eram 08h30 e já estávamos prontos para iniciar a aventura. “Estamos no meio do Atlântico e, durante a primavera, é possível ver até um terço das espécies de baleias e golfinhos do mundo,” explica Filipe Sousa, responsável de ecommerce, sales and business development da Terra Azul.

O especialista sublinha que a primavera é uma altura muito especial para visitar os Açores, na altura da migração, uma vez que é quando existem mais espécies disponíveis para observar. No entanto, “há quatro espécies residentes de baleias e golfinhos: o cachalote, o golfinho-de-risso, que é uma espécie muito característica com riscos, o golfinho-comum e o golfinho-nariz-de-garrafa”.

Além de ser uma experiência educativa, o whale watching nos Açores também tem um forte apelo romântico. Segundo Filipe Sousa, a Terra Azul recebe muitos casais que vêm passar a lua de mel aos Açores, em particular na primavera. “Temos sempre surpresas reservadas,” comentou com um sorriso, sem querer revelar mais informações.

O contacto com a vida selvagem no seu habitat natural cria um cenário de intimidade e ligação que é difícil de descrever. Uma das atividades mais românticas que a empresa oferece é a natação com golfinhos, onde os casais têm a oportunidade de partilhar um momento único e emocionante juntos. “É difícil explicar aquele momento, é muito emocionante”, remata.

Quanto custa: 72 euros (época alta)
Quanto poupámos: 5 euros

Seguimos para a lagoa das Furnas. Começamos com uma visita ao Parque Terra Nostra, um dos jardins botânicos mais bonitos de Portugal. Este parque é famoso pelas coleções de plantas exóticas e endémicas, assim como pelo tanque termal de água férrea, com uma coloração alaranjada devido ao alto teor de ferro. A temperatura da água ronda os 35-40°C, pelo que decidimos entrar e relaxar.

Agora é hora de experimentar uma das iguarias mais famosas dos Açores: o cozido das Furnas. Este prato tradicional é cozinhado lentamente no calor geotérmico da terra, utilizando as caldeiras vulcânicas naturais que existem na área. Na zona das caldeiras é possível ver o cozido a ser retirado do solo, envolto em vapores que emanam das profundezas da terra. O cozido é uma mistura de carnes variadas, enchidos, batata, cenoura, couve e outros vegetais, tudo cozinhado a uma temperatura constante de cerca de 90°C, durante várias horas.
Antes de deixarmos a lagoa das Furnas, fizemos questão de passar pelo miradouro do Pico do Ferro, um ponto de observação que oferece uma vista panorâmica da lagoa e da vila das Furnas.

As experiências de whale watching são tradicionais do turismo açoriano. Na Terra Azul, os associados Montepio beneficiam de um desconto de cinco euros

Dia 3: Visita à ilha Terceira

Chegámos à Terceira ao cair da tarde do dia anterior. Após um voo curto de São Miguel para a Terceira (passagem: a partir de 90 euros/pessoa), chegamos a Angra do Heroísmo. Seguimos para o Palácio de Santa Catarina, onde fizemos o check-in. Trata-se de uma deslumbrante propriedade histórica convertida em hotel, onde passámos a noite. Com uma localização privilegiada, entre o oceano e o monte Brasil, é um refúgio elegante, perfeito para uma noite romântica.

Arquitetonicamente imponente, o palácio é facilmente reconhecível pela sua grandiosa fachada e a escadaria dupla que conduz à entrada principal. Por dentro, os corredores deste edifício histórico já testemunharam encontros importantes, confissões de amores e orações de vitória.

Depois do pequeno-almoço, seguimos em direção ao centro histórico de Angra do Heroísmo, classificado como Património Mundial pela UNESCO. O núcleo urbano caracteriza-se pelas ruas ortogonais e edifícios com as fachadas bem conservadas e pintadas de cores vivas.

Não podíamos deixar a ilha sem visitar às Furnas do Enxofre, um dos ex-libris da região. As furnas possuem várias saídas de gases vulcânicos (fumarolas) a temperaturas que podem atingir quase 100º C à superfície. Estão classificadas como Monumento Natural Regional e são os vestígios mais visíveis da última erupção vulcânica ocorrida na ilha Terceira, no século XVIII.

Quanto custa: 108,90 euros (quarto duplo – vista para o mar)
Quanto poupámos: 10,89 euros

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