6 dicas para recomeçar o exercício físico em espaços fechados

6 dicas para recomeçar o exercício físico em espaços fechados
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Fotografia de Rodrigo Cabrita
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ara muitos portugueses, a pandemia significou a interrupção da ida ao ginásio e outras atividades físicas em espaços fechados. Motivos para regressar ‒ ou para experimentar uma nova modalidade ‒ não faltam. Siga as nossas seis sugestões para fazê-lo em segurança.

Gabriela Montalvão frequenta o health club do Tagus Park, em Oeiras, há cerca de quinze anos. Durante o primeiro confinamento, em março de 2020, mudou as rotinas e começou a treinar em casa. “O ginásio emprestou alguns equipamentos para quem quisesse manter os treinos online e nunca deixei de treinar”, recorda.

O regresso ao Corpus Sanus, parceiro Montepio, deu-se mês e meio após o primeiro desconfinamento. “No início tive um certo receio, mas a pouco e pouco fui ganhando confiança. O ginásio cumpria todas as medidas recomendadas”, refere. Obrigada a parar os treinos também no início do ano passado, o posterior regresso ao ginásio foi, novamente, um processo natural. “Até porque o exercício físico é uma ótima defesa para o corpo ganhar resistência às doenças”, afirma.

De facto, não é preciso regressar a Hipócrates, o pai da medicina ocidental e defensor incondicional do exercício físico, para sabermos que a saúde e bem-estar dependem do que fizermos, ativamente, com o nosso corpo. E com os dias mais negros da pandemia ultrapassados, ginásios, pavilhões desportivos e outros espaços de exercício físico indoor ganham nova visibilidade.

“A prática regular de exercício físico proporciona uma melhor capacidade cardiorrespiratória, músculos tonificados e fortes, maior resistência, flexibilidade e autoestima”, explica Maria João Gomes, diretora do Corpus Sanus, o health club do Tagus Park. Quando treinamos, não é apenas o corpo que sai beneficiado. “Existe libertação de dopamina, a hormona ligada à sensação de prazer, de serotonina, que ajuda a melhorar o descanso e a regular o apetite, e de endorfina, conhecida como a hormona da felicidade e que desencadeia bem-estar e alegria”, prossegue Maria João Gomes. “Ficamos mais saudáveis, mais bonitos e mais felizes.”

O diretor de marketing do clube de saúde Kalorias, Bruno Amaral, acrescenta que o treino ajuda “a melhorar a gestão do stress e os níveis de imunidade”. Sendo o novo ano pretexto para novas resoluções, esta pode ser a altura certa para regressar ao ginásio ou experimentar uma nova atividade física indoor, como a dança, a natação, o ioga ou as artes marciais. Manter uma rotina disciplinada, aprender algo novo, alargar os contactos sociais e, quiçá, fazer novas amizades, são atitudes que também podem beneficiar a saúde e o bem-estar.

““No início tive receio, mas aos poucos fui ganhando confiança. O ginásio cumpria todas as medidas de segurança. E o exercício físico é uma ótima defesa para o corpo ganhar resistência às doenças””

Gabriela Montalvão

6 dicas para regressar ao exercício físico em espaços fechados

1. Estabeleça metas realistas

“Para quem parou de treinar ou quer melhorar os hábitos de vida, o exercício deve ser visto muito além de uma simples resolução de Ano Novo”, afirma Maria João Salgado, diretora do clube Kalorias. Antes de recomeçar os treinos, esta profissional aconselha a traçar objetivos, que podem começar, por exemplo, pela resposta a estas seis questões:

1. Quais os meus objetivos a curto e médio prazo?
2. Quem me pode ajudar a alcançar estes objetivos?
3. Com que tipo de atividade me identifico?
4. Que limitações e apoios tenho?
5. De que equipamentos necessito para começar?
6. Em que dia vou começar?

Definidas as metas que pretende alcançar e os meios ao seu dispor para (re)começar o exercício físico ‒ que, sabemos, será benéfico para corpo e mente ‒, Maria João Salgado deixa outra dica: “Depois de obter todas as respostas, verbalize-as para si ou partilhe com alguém próximo e comece a sentir a mudança do seu mindset.”

O próximo passo é escolher um local e horário que sejam convenientes e confortáveis. “E que permitam encaixar a prática na rotina diária da forma mais natural e descontraída possível”, aconselha Inês Vilhena, vice-presidente da Confederação Portuguesa do Yoga, parceira da Associação Mutualista Montepio e com centros especializados em 12 cidades portuguesas.

“Para quem se quer iniciar na prática do ioga recomendamos que, sempre que possível, frequente um Áshrama, ou centro especializado”, continua Inês Vilhena. Nestes estúdios de ioga há professores qualificados para acompanhar os praticantes. O conselho é válido para qualquer outra modalidade ou atividade física que tenha uma curva de aprendizagem mais acentuada, como é o caso da natação, pilates, chi-kung, artes marciais ou até diferentes tipos de danças.

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2. Comece devagar

Ninguém melhor que o leitor conhece o seu corpo. Por isso, é importante perceber que o regresso à atividade deve ser feito aos poucos, sem o ritmo e intensidade que dedicou no último treino antes de parar. “É sempre importante estarmos atentos ao nosso corpo, escutando-o e respeitando-o”, explica a vice-presidente da Confederação Portuguesa do Yoga. Para iniciar ou retomar a prática desta modalidade recomenda-se uma ou duas horas por semana.

Seja uma vez por semana, três, cinco ou mais, cada pessoa sabe o que é melhor para si e os seus objetivos, sendo recomendado começar devagar e, sobretudo, manter um compromisso de exercício físico a médio prazo para realmente colher benefícios ao nível da saúde e bem-estar. “Conceda tempo, a si e aos outros, para ver a diferença de largar o sofá”, avança Maria João Gomes, diretora do Corpus Sanus.

3. Cumpra as normas de higiene

É normal que, nestes tempos incertos, desconfie da ida ao ginásio. No entanto, os ginásios e demais locais de atividade física indoor são ambientes seguros com um risco relativamente baixo de infeção por COVID-19. A conclusão é de um estudo desenvolvido em conjunto pela Universidade de Oslo, na Noruega, e pelo Hospital Universitário da mesma cidade.

A segurança e proteção contra a transmissão da COVID-19 é, em geral, assegurada pelos ginásios, clubes de bem-estar e academias de todo o País, que se têm adaptado às normas da Direção-Geral da Saúde a cada fase da pandemia.

Esteja ainda atento ao site oficial Estamos On, no qual o Governo português partilha os dados e números da resposta portuguesa à COVID-19, para saber quais as mais recentes medidas de controlo da pandemia.

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4. Aproveite os descontos e ofertas (só ou em família)

A pensar em si e nos seus familiares, os parceiros da Associação Mutualista Montepio na área do desporto e bem-estar disponibilizam, um pouco por todo o país, um conjunto de descontos e ofertas que vale a pena aproveitar.

O clube Kalorias, um dos ginásios mais antigos no mercado português (presente em Lisboa, Setúbal, Porto, Évora e Braga), oferece 10% de desconto em todos os packs para associados e familiares. O método de trabalho desta rede de ginásios centra-se na proximidade e acompanhamento do cliente. “O momento da inscrição inclui a avaliação das necessidades e objetivos, consulta de nutrição e plano de treino”, garante o responsável.

Também o Corpus Sanus, em Oeiras, oferece descontos para associados Montepio e familiares (até cinco pessoas), possibilitando acesso a livre trânsito (uma entrada diária) por um valor convidativo. Trata-se de um clube de média dimensão, com um ambiente familiar que, mediante uma avaliação física inicial e aconselhamento nutricional periódico, disponibiliza uma vasta escolha de atividades: cardiofitness, musculação, treino funcional e localizado (com ou sem personal trainer), natação e hidroginástica, zumba, combat, pump, pilates e spinning. A diretora técnica, Maria João Gomes, acrescenta que existe aconselhamento nutricional periódico para todos os clientes.

Se o ioga é a sua modalidade de eleição, a Confederação Portuguesa do Yoga proporciona um desconto assinalável na taxa de inscrição, bem como a oferta de um escalão de mensalidade, a associados Montepio e familiares. Com um total de 52 centros, a Confederação Portuguesa do Yoga garante aos associados Montepio, de norte a sul do país, uma grande capilaridade de descontos para esta modalidade.

5. Tenha a mente aberta

A prática de exercício físico tem, como já vimos, efeitos benéficos não só no corpo como na mente. E algumas atividades, como as artes marciais ou o ioga, são autênticas ferramentas educativas e modos de vida, comportando valores e um código moral.

O judo, por exemplo, é altamente eficaz a desenvolver as soft skills, destaca Nuno Delgado, atleta que conseguiu a primeira medalha portuguesa para esta modalidade nos Jogos Olímpicos. E também ajuda à “concentração, autoestima e resiliência”. Sendo um desporto de contacto físico e de grupo, também promove “o domínio da linguagem corporal e a interatividade”.

Nuno Delgado defende que o judo não é uma luta, mas “um sistema educativo que tem como finalidade formar pessoas de bom caráter utilizando técnicas de combate como forma de aprendizagem para a ‘grande luta da vida’. Do ponto de vista físico, trabalhamos a tonicidade muscular de forma equilibrada, a melhoria do metabolismo em geral e outras capacidades importantes, como a coordenação motora e a propriocetividade”, conclui o responsável.

6. Convide um amigo

A prática de exercício físico merece ‒ assim como a vida ‒ ser partilhada. Além de alguns parceiros da Associação Montepio disponibilizarem vantagens para usufruto de toda a família, pode sempre convidar um amigo para se juntar aos treinos ou às aulas de grupo.

Como refere Bruno Amaral, do clube Kalorias, num ambiente seguro é possível “conviver com outras pessoas com quem se identifique e cujos objetivos até poderão ser semelhantes aos seus.” “Uma mente sã tem um papel fundamental num corpo são, e vice-versa”, lembra.

Assim, seja a praticar uma nova modalidade ou a regressar ao ginásio de sempre, aproveite este (re)começo para, na medida do possível, alargar os contactos sociais e, quem sabe, fazer novas amizades.

A Revista Montepio digital agradece ao ginásio Corpus Sanus a disponibilidade para realizar a sessão fotográfica nas suas instalações.

Os números que justificam as palavras

Além das palavras dos profissionais que estudam o tema e que trabalham nas tecnologias da informação e comunicação (TIC), existem números que comprovam a desigualdade de género, em Portugal, nestas áreas. Estes são alguns:

● Dos 6 930 diplomados existentes em 2020 na área das TIC em Portugal, 1 396 eram mulheres, segundo a Pordata.
● 19% dos profissionais no setor das TIC (com formação na área) em Portugal são mulheres (dados de 2020 do Eurostat). Na Dinamarca e na Grécia, os números sobem para 33% e 31%, respetivamente. No fim da tabela está a Lituânia, com 94% de homens neste domínio.
● As mulheres ganham menos 19% que os homens no setor das TIC, segundo um estudo da investidora Atomico.
● Menos de 40% da força de trabalho de todo o mundo são mulheres, reporta o Banco Mundial.

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