Uma vida sobre (duas) rodas

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artim Garcia tinha apenas 3 anos e já gostava de motos. Aos 5, idolatrava o piloto italiano Valentino Rossi, conhecido como Il Dottore, e aos 11 iniciou a aventura no motociclismo. Conheça a história deste desportista nato que quer ser campeão nacional.

Quando João Garcia se tornou Associado Montepio, “há uns dezasseis anos”, Martim, o filho, ainda estava longe de existir. Em 2007 nasceu “com o bichinho das motas”, como o pai. Influência? Coincidência? Genética? João aposta na terceira possibilidade.

“Nunca o influenciei a andar de mota. Até nem queria muito que ele andasse”, confessa o pai, de 66 anos, um apaixonado pela marca japonesa de motos Kawasaki, até ao dia em que assistiu ao acidente fatal de um amigo próximo. A verdade é que, aos 3 anos, Martim já “puxava o casaco” aos pais, insistindo para ter uma moto. “Dei-lhe uma daquelas pequeninas, elétricas, e, mais tarde, uma moto-quatro, porque sabia que, com menos velocidade e sobre quatro rodas, havia menos probabilidade de cair”, conta João Garcia.

Com o passar dos anos, Martim trocou os fins de semana colados à televisão, a acompanhar o ídolo Valentino Rossi, pelo cheiro do asfalto. Andava satisfeito mas, ainda assim, incompleto, até um certo sábado de setembro de 2018. O pai recorda: “Fomos a Sintra [à Escola de Iniciação Moto Racing], para ele poder dar uma voltinha na pista, e o professor [Rui Balhecas] perguntou-lhe: ‘Não preferes andar com duas rodas?’ O que ele foi fazer! O Martim experimentou e já não queria outra coisa!”

Martim Sem Medo

Um ano de aulas e treinos resultou na participação do petiz no Velocidade 2020, o troféu de iniciação à velocidade em motociclismo. Entre 21 pilotos, com a sua moto de 90 centímetros cúbicos (cc), o jovem natural da Amadora ficou no quinto lugar da classificação geral (na Classe 1).

“Para quem estava a começar, acho que foi um bom resultado”, avalia o motociclista. Em 2020, alcançou o terceiro lugar do pódio e, no ano seguinte, já na categoria de moto 5 (250 cc), atingiu o quinto lugar no campeonato nacional.

“Nas motas gosto de tudo. Da adrenalina, do convívio nas boxes, de falar com outros pilotos… Dedico todo o meu tempo livre a isto. Todos os fins de semana vamos a kartódromos para eu poder andar: a Santo André, a Abrantes, ao Bombarral, a vários sítios. Quero chegar o mais longe possível nas motas”, diz Martim.

Chegar longe é estar em competições como o MotoGP ou o World Superbike, circuitos por onde passaram todos os seus ídolos: de Jonathan Rea a Valentino Rossi, sem esquecer o português Miguel Oliveira. Um ingrediente central para chegar a este patamar, acredita o adolescente, é não ter medo, como sublinham as duas frases – e lemas – que tem gravadas no seu fato acolchoado: “Se tiveres medo, vai na mesma” e “Na dúvida, gás”. Inconsciência? Longe disso. “Conduzir uma moto requer responsabilidade, porque tudo pode acontecer. Não se pode fazer as coisas à maluca.” Martim aprende, por isso, “a ganhar mais cabeça, consciência e concentração”, qualidades que aplica à vida escolar, onde também quer vencer. “A escola corre bem, tenho boas notas. E um dia gostava de ser advogado, como os meus tios”, adianta.

Para já, o caminho terá o motociclismo em paralelo, com o pai de mãos dadas na aventura. “Quero ajudar o meu filho a realizar o seu sonho [de ir às principais competições internacionais] e vou continuar a fazer tudo por isso. Esta é uma modalidade muito cara e eu, apesar de já estar reformado, mantenho uma atividade por conta própria para poder apoiar o Martim, porque é muito difícil conseguir apoios para ele competir. Se ele não chegar a realizar o sonho, pelo menos vai-se divertindo. E se houver medos pelo meio, nós superamos”, conclui o Associado Montepio.

Pelicas: um clube exclusivo para entusiasmar as crianças

A grande ocupação de Martim Garcia é o motociclismo, mas, em criança, este filho de um Associado Montepio chegou a pertencer ao Clube Pelicas e a poder desfrutar das atividades ao ar livre, brincadeiras, jogos, oficinas e ateliês ou descontos em diversas modalidades. Para ser sócio do Clube Pelicas basta ter até 10 anos e ser Associado Montepio. Os sócios deste clube exclusivo podem participar em iniciativas originais, como as corridas Pelicas ou ATL, e recebem newsletters com ideias de atividades, sugestões, presentes e surpresas várias.

No espaço atmosfera m de Lisboa e Porto, os sócios do Clube Pelicas têm acesso a uma ludoteca e podem frequentar aulas de xadrez, participar em sessões de teatro e oficinas de expressão plástica ou, simplesmente, brincar com jovens da sua idade, entre muitas outras atividades.

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