ubscrever um PPR é uma das melhores formas de aplicar parte das suas poupanças e de salvaguardar rendimentos no futuro. Sobretudo para a reforma, mas não só. Conheça as vantagens fiscais, e outras,desta estratégia de segurança.
A subida da inflação veio tornar mais urgente a necessidade de as famílias reforçarem os seus níveis de poupança, bem como a aplicação inteligente desse dinheiro. Não o fazer agrava a perda do poder de compra e aumenta o risco de perder rendimentos no futuro.
O dinheiro que as famílias conseguem colocar de parte deve ser aplicado consoante os objetivos, a sua saúde financeira, perspetivas de rendimentos e outras variáveis. Os Planos de Poupança Reforma (PPR) são um dos meios mais interessantes para constituir um complemento de reforma adequado e capaz de providenciar uma vida pós-laboral mais tranquila. Porquê? Explicamos neste artigo.
Para se preparar, conheça ainda as várias regras que deve seguir para atingir o objetivo de uma reforma confortável e chegar a essa idade em boa saúde financeira.
Pensões? Em 2050 podem ser de menos de metade do salário
O estudo The Ageing Report, desenvolvido pela Comissão Europeia em 2021, dá conta que quem se reformar em 2040 receberá pouco mais de metade (54,5%) do salário e, em 2050, a pensão deve representar 43,5%. Quem se reformou em 2019 sofreu um corte médio de 26% na remuneração face ao último salário. Cada caso é um caso, pelo que o melhor é simular a sua situação e avaliar com o que pode contar no futuro.
No entanto, é certo que o envelhecimento da população está a aumentar as dúvidas sobre a sustentabilidade do sistema de pensões público, colocando em causa os tradicionais sistemas de previdência.
Quais as vantagens de optar por um PPR?
ENTREGAS REGULARES – uma das características mais interessantes dos PPR passa pelo facto de assentarem nas entregas regulares (habitualmente mensais). Esta possibilidade é um aliado importante do esforço das famílias para colocar de parte uma parcela do rendimento mensal com “menos dor”. A disciplina de uma transferência automática mensal não deve penalizar o nível de vida do dia a dia, mas representa um trunfo importante para o quando o dinheiro fizer mais falta. A qualquer altura pode sempre reforçar ou efetuar entregas únicas.
BENEFÍCIOS FISCAIS – os impostos são outra das vantagens da opção pelos PPR. Existem benefícios fiscais à entrada (quando o dinheiro é aplicado), que podem significar uma poupança máxima no IRS de até 400 euros por ano. O benefício fiscal à saída (quando for reembolsado) implica uma taxa de imposto mais reduzida, que pode ser apenas de 8%.
PPR PARA TODOS OS PERFIS – existe uma gama muito variada de PPR, desde os que garantem o capital (baixo risco) aos muito agressivos (parte substancial da carteira aplicada em ações).
Quanto mais elevado o risco, maior o potencial de rendibilidades mais elevadas, bem como a possibilidade de perder capital. A solução passa pelo longo prazo, pelo que a idade é um fator essencial na escolha do PPR. Quem tem menos de 35 anos deve escolher um PPR dinâmico. Para os subscritores já perto da idade da reforma é aconselhável um PPR moderado, no qual as ações têm um peso reduzido na carteira.
REEMBOLSAR SEM PENALIZAÇÕES – sendo produtos concebidos para poupar para a reforma, os PPR são cada vez mais utilizados para outros fins, uma vez que o regime de reembolsos sem penalização é cada vez abrangente, indo além do pagamento da prestação do crédito da casa. Por outro lado, reembolsar o PPR fora das condições previstas implica penalizações fiscais.
Porquê começar a poupar cedo?
Quanto mais cedo começar a poupar para a reforma, menor será o esforço financeiro associado. Este pequeno exemplo demonstra as vantagens de não deixar o plano para a reforma para os últimos anos da idade ativa:
Simulação
Poupar a partir dos 30 anos: para chegar aos 65 anos com uma poupança acumulada de 50 mil euros, tem de poupar cerca de 70 euros por mês a partir dos 30 anos (assumindo uma taxa de rendimento anual do Fundo de 3% e uma tributação em IRS sobre o rendimento gerado de 8%).
Poupar a partir dos 45 anos: se começar só aos 45, o esforço mensal aumenta para cerca de 156 euros. Acresce que quanto mais longo for o horizonte temporal, maior o risco que pode assumir, o que potencia a remuneração da poupança.
Salientamos que a taxa anual de rendimento de 3% é uma estimativa e a taxa de IRS no reembolso é a que se encontra em vigor aquando do reembolso em capital e de acordo com as condições previstas na lei. Assim, os valores apresentados são apenas uma estimativa, não constituindo qualquer garantia de concretização e encontram-se ilíquidos de comissão de reembolso, caso se aplique.
Benefícios adicionais? Sim, com a Futuro
As campanhas representam uma boa oportunidade para iniciar ou reforçar a aplicação da poupança num PPR ao permitirem aproveitar condições mais vantajosas. A Futuro, sociedade gestora de fundos de pensões do Grupo Montepio, nas suas iniciativas, direciona também, para os subscritores que transfiram o seu PPR de outras entidades gestoras para os Fundos de Pensões PPR 5 Estrelas e PPR Geração Activa, disponibilizados pela Futuro junto do Banco Montepio, e para os novos clientes jovens (com menos de 35 anos).
A gestora do Grupo Montepio tem uma oferta de três Fundos de Pensões PPR com perfis de risco distintos. Explicamos quais:
PPR GARANTIA DE FUTURO – é aconselhável para clientes com mais de 55 anos pois adota uma estratégia conservadora, com menos de 10% da carteira em ações.
PPR 5 ESTRELAS – tem um perfil moderado de risco (menos de 35% em ações), destina-se aos clientes até 50-55 anos e já gerou uma rendibilidade anualizada de 4,98% desde a sua criação (1989).
PPR GERAÇÃO ATIVA – para clientes com um perfil de risco dinâmico (até 40-50 anos), pois as ações podem ter um peso de até 60% dos ativos em carteira.
“Fazer um PPR é uma decisão para a vida”
Em entrevista, os responsáveis da Futuro explicam porque subscrever um PPR é uma “excelente forma de planear e beneficiar de uma proteção na reforma”.
Os portugueses estão mais conscientes da necessidade de ter um complemento de reforma?
Sim, mas não tão ativamente quanto seria desejável. A nossa perceção é que, se no início a primeira e única preocupação era o benefício fiscal com a subscrição em IRS, hoje o benefício fiscal, apesar de interessante, já não é o principal foco. Contudo, na Futuro temos vindo a sentir uma evolução muito positiva da colocação do PPR no “cabaz de compras mensal” embora, quando surge uma adversidade e a necessidade de uma almofada financeira, muitas vezes o reembolso do PPR acabe por ser a solução mais imediata. O que tende a ser uma importante poupança como proteção para o futuro.
Por que razão um PPR é uma das melhores formas que os investidores têm para aplicar as suas poupanças?
É, sem dúvida, uma das melhores decisões financeiras que uma pessoa pode tomar desde cedo. Não só na fase da constituição, na qual mais do que poupar muito nos últimos anos se deve começar cedo a poupar aos poucos, como, no momento de usufruir, mais do que reembolsar tudo deve-se planear como beneficiar de um complemento e ter uma reforma mais tranquila. Fazer um PPR é, sem dúvida, uma decisão para a vida.
Quais as perspetivas de rendibilidade média anual que um subscritor de um PPR pode ambicionar?
O investimento em PPR deve ser ajustado em função do perfil de risco e da idade. Tendo subjacente uma postura de algum conservadorismo que impera no seio do Grupo Montepio ao qual pertencemos, consideramos uma boa perspetiva de rendimento anualizada a 20 anos o seguinte: perfil de risco dinâmico 3-5%; perfil de risco moderado 2-4%; perfil de risco conservador 1-3%, sobretudo com níveis baixo de risco da carteira associados a cada perfil. Salientamos que o momento em que esta avaliação é feita faz diferença. Se estamos a sair de um ciclo muito desfavorável esta avaliação pode comprometer rendimentos obtidos nos últimos anos. Se se estiver num momento muito favorável, pode impulsionar os rendimentos recentemente gerados.
Os três PPR da Futuro:
Para mais informações sobre estes Fundos de Pensões contacte um Balcão do Banco Montepio ou diretamente a Futuro, através do telefone 210 158 158, custo de chamada normal efetuada para rede fixa nacional (dias úteis das 8h30 às 17h30) ou por email em apoioclientes@futuro-sa.pt.
O valor das Unidades de Participação detidas varia de acordo com a evolução do valor dos ativos que constituem o património dos Fundos de Pensões e está dependente de flutuações dos mercados financeiros, fora do controlo da Sociedade Gestora. Rendibilidades passadas não são indicativas de rendibilidades futuras. Não existe garantia de rendimento mínimo em nenhum Fundo de Pensões da Futuro.