Sintra: roteiro para conhecer (e poupar) na capital do romantismo

Sintra: roteiro para conhecer (e poupar) na capital do romantismo
16 minutos de leitura
Fotografias de Luís Duarte, Wilson Pereira, José Marques Silva e WY
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o Palácio da Pena ao Castelo dos Mouros, conheça alguns dos locais mais icónicos da vila de Sintra. Saiba ainda onde pode comer, dormir ou divertir-se com as crianças, sempre a poupar com os parceiros do Montepio Associação Mutualista.

“Tudo em Sintra é divino. Não há um cantinho que não seja um poema.” A célebre frase de Eça de Queiroz, da não menos notável obra Os Maias, tem sido referida, mais coisa menos coisa, por quem visita a serra com nome de vila – e vice-versa. Saramago disse que Sintra daria um bom paraíso “no caso de Deus fazer outra tentativa” e os gregos chamaram-lhe a “montanha da lua”.

Qualquer que seja o elogio, a verdade é que, no mundo, não há nada igual a Sintra. As cores, a história, o mistério, os segredos, o nevoeiro, os monumentos, os castelos, os palácios e os jardins tornam esta vila o destino perfeito para visitar em todas as estações do ano.

Quem nunca a visitou, anseia pelo momento. E quem já o fez, quer repetir. Quer se encontre numa ou noutra posição, Sintra fará parte das suas próximas viagens. Neste artigo, vamos propor-lhe um roteiro de três dias, em família, pela capital do romantismo. O ponto de partida é a vila, mas a viagem faz-se a poupar com os parceiros do Montepio Associação Mutualista. Vamos a isto?

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O paço onde o rei esteve preso

As duas chaminés cónicas e brancas são o primeiro pormenor que se fixa na memória de quem chega a Sintra. Uma obra extraordinária de arquitetura e engenharia, de cujo autor ou autores nada se sabe. É difícil, estando em Sintra, dizer que estas chaminés são um dos maiores mistérios da vila. Esta praça, onde repousamos os pés, sentados num dos bancos de pedra do muro, em frente ao Palácio Nacional, e que permite uma vista sobre o vale ou de onde espreitam, lá no alto, o Castelo dos Mouros e o Palácio Nacional da Pena, foi, na verdade, ela própria uma construção que fez parte do edifício e que, entretanto, desapareceu. Mais um dos muitos mistérios desta vila a que o poeta romântico britânico, Lord Byron, chamou “o novo paraíso”. Chegaremos a pé, porque é esse o trajeto que propomos ao romantismo em poucas horas. Mas, até lá, faltam-nos ainda percorrer centenas de anos neste Palácio Nacional.

Foi em torno deste monumento que se desenvolveu, ao longo de mil anos de história, o centro histórico da vila. “Anos de harmonia e paz. Sintra nunca teve propriamente uma batalha ou guerra, aconteceu tudo em Lisboa”, explica Carla Ventura, guia da Parques de Sintra, entidade responsável pela salvaguarda e valorização de Sintra, Património da Humanidade da UNESCO desde 1995.

O paço é tão antigo que ali residiram os chefes muçulmanos, primeiro, e os monarcas portugueses, depois. O atual edificado tem raízes do século XIII, com D. Dinis e a rainha Santa Isabel, mas foram feitos acrescentos nos séculos subsequentes. As janelas manuelinas, uma das maiores coleções de azulejos mudéjar in situ da Europa, são testemunhas deste passado longínquo.

Ali esteve também detido, num quarto e guardado por 300 soldados, um rei português, D. Afonso VI. Estava apenas autorizado a ir do seu quarto até à capela. Depois de nove anos de cativeiro, morreria em 1683, aos 40 anos.

Voltamos a fixar o olhar nas monumentais chaminés. A guia Carla Ventura habituou-se há muito às perguntas dos turistas curiosos. Alguns querem saber por que não chove lá dentro; outros interrogam-se se, dada a dimensão das mesmas, haveria muito fumo no interior do edifício. “A forma cónica permite que se aguentem ao vento”, explica, apontando a sua construção para a época de D. João I, o mestre de Avis. O monarca “estava a afirmar uma nova dinastia”, pelo que havia a necessidade de “ostentação”. Além, claro, do sentido prático: o paço acolhia um séquito real extensíssimo, pelo que era necessário cozinhar para muitas pessoas.

Depois de passear, há que relaxar

Um dia de passeio também pede uma boa refeição. A apenas vinte minutos de Sintra, o restaurante japonês Yakuza faz match com a tradição sintrense. Aí encontrará uma fusão de sabores orientais e ocidentais e ingredientes como caviar, folha de ouro, trufa italiana, marisco dos Açores e atum espanhol balfegó. Além de sushi e sashimi, a carta apresenta novos cortes de carne como o denver steak ou o costeletão wagyu. Entre os 80 pratos disponíveis, destaque para a pata de caranguejo real, a salada king crab e o gunkan rei. Para terminar o repasto, delicie-se com um fondant de chá verde com gelado de sésamo ou com um bolo de banana e matcha.

Quanto custa: 240 euros (para quatro pessoas)

Quanto poupei: 24 euros

A gastronomia japonesa ganha um toque sintrense no Yakuza Cascais. A fusão de sabores ocidentais e orientais destaca-se nos 80 pratos disponíveis

Depois da merecida refeição, há que repousar o corpo e relaxar. A proximidade ao mar é um grande atrativo do Hotel Vila Galé Cascais, mas este 4 estrelas, a poucos metros da marina e do centro de Cascais, reúne muito mais condimentos para que seja a escolha perfeita para quem quer conhecer Cascais, Sintra e arredores. Ou simplesmente descansar. “Qualquer época do ano é boa para nos visitar. Na época alta, podem aproveitar a piscina, o bar da piscina, mas há sempre eventos na região”, descreve a diretora, Catarina Fonseca. Existe também um centro de wellness e os parceiros do hotel proporcionam a prática de surf, kitesurf ou bodyboard.

Recentemente, o hotel com 233 quartos sofreu remodelações “para oferecer experiências mais modernas e confortáveis aos hóspedes”, explica Catarina Fonseca. A pensar nas famílias, o Hotel Vila Galé Cascais disponibiliza uma piscina para as crianças e um parque infantil. Entre maio e outubro, a equipa de animação organiza oficinas de pintura, de dança e jogos tradicionais. E até aos 12 anos a estada é gratuita, desde que o quarto seja partilhado com os pais.

Não admira, portanto, que haja famílias que ali passam férias praticamente desde a inauguração do hotel, em 1996. Um último destaque para o restaurante com showcooking, também aberto para quem não está hospedado no hotel e onde é possível, dependendo dos dias da semana, deliciar-se com as pastas italianas, um barbecue tropical com música ao vivo e feijoada à brasileira. Aos domingos há brunch.

Quanto custa: a partir de 140 euros (quarto duplo com pequeno-almoço)

Quanto poupei: 14 euros

O Vila Galé Cascais faz a ponte entre a verde do Parque Marechal Carmona e o azul do mar. Prestes a fazer 30 anos, o hotel tem clientes assíduos desde 1996

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O mistério do caminho de Santa Maria

Voltamos a Sintra. A cerca de 30 quilómetros de Lisboa, a vila sempre foi um ponto de atração para os reis e as suas cortes. Mas também para muitos famosos que, ao longo das décadas e séculos, ali procuraram inspiração e descanso.

Visto que está o Palácio Nacional, chega a vez do Castelo dos Mouros. Caminhamos através do caminho de Santa Maria, com passagem obrigatória pela fonte da Sabuga, outrora coberta de azulejos. Passamos pela Igreja de Santa Maria, uma das mais antigas de Sintra, e pela casa da família O’Neill, onde o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen ficou hospedado, em 1886, num verão que o encantou pela magia do lugar e pelo seu verde luxuriante. Embrenhados na serra, tal como fazia o escritor Ferreira de Castro, que pediu para ali ser enterrado, caminhamos sem pressas até ao destino: demoramos 45 minutos.

Aqui começa a notar-se a influência que teve em Sintra o rei de D. Fernando, marido em segundas núpcias de D. Maria II. “Era um austríaco educado para ser um marido extraordinário”, refere a nossa guia, Carla Ventura. O monarca adquiriu os direitos desta fortificação erigida no alto da serra no século X com o objetivo de, após centenas de anos de abandono, o abrir à população de Sintra. Durante as escavações para as obras de recuperação descobriram-se ossadas humanas em número suficiente para atribuir a uma batalha desconhecida ali ocorrida com os mouros. Seria? D. Fernando mandou fazer um memorial com esses restos mortais, com uma inscrição onde assumia que aquilo que o homem uniu só Deus poderia separar.

A sua teoria estava errada. Sabe-se hoje, como uma vez mais recorda a guia Carla Ventura, que a convivência com os povos mouros terá em Sintra sido abençoada pela harmonia. Em vez dos corpos de batalha, D. Fernando tinha encontrado parte de um cemitério junto à Igreja de São Pedro de Canaferrim.

Construída no século XII, após a conquista de D. Afonso Henriques, a primeira igreja paroquial de Sintra é atualmente o Centro de Interpretação do castelo, onde é possível conhecer artefactos como panelas, cântaros, instrumentos relacionados com rodas de fiar, descobertos ao longo dos vários trabalhos arqueológicos e que permitem recriar o quotidiano do bairro muçulmano que ali estava instalado. Um passeio pelo interior do recinto leva-nos a outros espaços, como a antiga cisterna, as cavalariças e a alcáçova, e a respirar os ares dos tempos medievais. Percorrendo a muralha, avistam-se ao fundo as cores vivas do Palácio da Pena, como uma joia pousada sobre o verde da serra. No dia seguinte seguiremos até lá. Entretanto, continuamos a desfrutar o dia com propostas para a família.

Natureza e trampolins em Monsanto

A proximidade de Sintra a Lisboa, Oeiras e Cascais permite ter acesso ao melhor de quatro mundos: a serra, a cidade, o mar e a floresta. Às portas de Lisboa encontramos o Parque Natural de Monsanto, local de romaria para quem quer respirar ar puro sem sair da cidade. No Parque Recreativo do Alto da Serafina, coração da Monsanto, está situado o Hello Park, um centro lúdico e de diversão outdoor com um serviço educativo que desenvolve programas pedagógicos e onde é possível realizar festas de aniversário.

“Somos um lugar para a infância, queremos ser um sítio onde as crianças brinquem, explorem, tenham contacto com a natureza com o máximo de diversão. Somos o local ideal para todas as crianças até aos 12 anos”, refere Sofia Valente, diretora pedagógica. Aqui, além dos trampolins, escorregas, da casa da árvore e obstáculos de madeira – um autêntico ninja park –, é possível realizar trails fotográficos, construir cabanas e tendas na floresta, realizar ateliers sensoriais imersivos e descobrir a fauna florestal. Aberto diariamente das 9h às 18h no horário de inverno (até às 20h, no horário de verão), são muitas as famílias que o visitam para um contacto com a natureza, a poucos minutos da vida citadina. “Temos crianças em Lisboa que sabem que existem esquilos em Nova Iorque mas não no Parque de Monsanto. Damos esta cultura à infância”, explica a diretora pedagógica do Hello Park.

A aquisição de uma entrada para criança dá também acesso a um adulto ao parque, que tem uma “zona fantástica indoor” para os dias de maior frio e chuva, com uma piscina com 25 mil bolas, pista de carros e um insuflável gigante. “Através da lona transparente continuamos em ligação com a natureza.” Há uma cafetaria aberta e o catering das festas de aniversário é todo feito no local.

Quanto custa: 80 euros por 2 crianças/dia nos ateliers de férias

Quanto poupei: 10 euros (12%)

Com o corpo cansado de tantas diversões, chega a hora da vingança. Antes do regresso a Sintra, uma curta viagem através da A5 leva-nos a Carcavelos e ao Gutsy. Esta é uma opção que agradará certamente aos mais novos (e aos adultos também). No Gutsy há hambúrgueres para todos os gostos, seja no prato ou no pão. As receitas baseiam-se nas iguarias que D. Antónia, avó do proprietário, o senhor Costinha, costumava preparar para o lanche do neto e dos seus amigos quando regressavam da praia.

Destaque para “Gutsy”, uma das especialidades da casa com 480 g de carne 100% novilho, queijo, ovo, fiambre e salada. Há também hambúrgueres vegetarianos, de frango panado, de salmão, de camarão e até de bacalhau à Gomes de Sá (servido com cebolada, batatas às rodelas e ovos). O menu inclui ainda saladas e cocktails diversos.

Quanto custa: 60 euros (preço médio para 4 pessoas)

Quanto poupei: 6 euros

No meio de tantos palácios e castelos, a Vila Sassetti passa despercebida. Este recanto de Sintra é uma obra-prima do arquiteto italiano Luigi Manini (Foto: Wilson Pereira)

Pena, um paraíso terrestre para a imaginação

Começamos o terceiro e último dia onde acabámos o anterior: no Castelo dos Mouros. Em direção à estrada principal encontra-se a indicação para um percurso pedestre até à Pena. São cerca de 15 minutos, que podem ser apressados pela fome. No Parque da Pena existem mesas de piquenique para quem preparou previamente a merenda. Há também o quiosque do picadeiro com pequenos snacks e gelados, e no edifício neo-indiano uma cafetaria com esplanada e um restaurante.

Retemperadas as energias, estamos de novo de pé para conhecer o interior do palácio de três cores – vermelho, amarelo, azul, tal como as cores primárias. Porquê estas três? Mais um mistério de Sintra por revelar. A parte vermelha corresponde a um antigo Mosteiro de São Jerónimo que estava em ruínas e que foi adquirido por D. Fernando com o objetivo de criar um lugar especial para os verões da sua extensa família – ele e D. Maria foram pais de oito filhos, tendo a rainha morrido ao dar à luz o último. “Ele estava a fazer a casa para acolher a rainha de Portugal”, refere a guia Carla Ventura, e, portanto, tinha de ter todas as comodidades e luxos da época. Alargou o projeto de uma residência de verão para um palácio, construindo mais dois edifícios, correspondentes às outras duas cores e com influências de muitas épocas, que faz uma síntese especial entre os castelos românticos alemães, as decorações que exaltam os descobrimentos portugueses ou a tradição mourisca.

Após a morte da mulher, D. Fernando perde-se de amores por uma cantora de ópera, Elise Hensler, numa ida ao São Carlos, e que com ele terminará o projeto. “Ela é a grande senhora da Pena. Decora o palácio. Ajuda a escolher as espécies de plantas, constrói o refúgio dentro do refúgio, que é o chalet [da condessa d’Edla, o título que Elise recebe para poder casar-se com D. Fernando]”, explica Carla Ventura.

Tal como representou para os monarcas anteriores, Sintra era o símbolo da evasão da vida agitada da corte e dos verões quentes de Lisboa. Já D. Sebastião ia para ali caçar. E, por isso, D. Fernando não se dedicou apenas a decorar ricamente os espaços interiores, planeou um jardim com cerca de 85 hectares de espécies autóctones e exóticas vindas de todo o mundo, com cascatas, lagos, fontes, figuras míticas. “D. Fernando era um romântico que queria estar longe de tudo e evadir-se na sua imaginação. O parque exótico permitiu-lhe trazer o mundo para a sua imaginação”, descreve Carla Ventura.

Depois de D. Fernando foi o seu neto, D. Carlos, com aptidão para as artes e para a observação da natureza, que com a sua família mais viveu estes espaços e ali deixou comodidades de época, como os telefones interiores. Lá dentro tudo é grandioso, desde os móveis de época, os tetos trabalhados, os candelabros luxuosos. Lá fora, a passagem pelo Pátio dos Arcos é também obrigatória, porque dali observa-se a simbiose entre a serra e o oceano Atlântico.

Tal como com os nossos monarcas, o tempo passado na Pena estende-se sem qualquer dificuldade até quase à hora de fechar (o palácio encerra às 18h, os jardins meia-hora mais tarde). É tempo de regressar à vila, saindo pelo Portão dos Lagos e continuando imerso num ambiente romântico. Neste trajeto está o Penedo da Amizade, um conjunto de blocos graníticos muito procurados por quem gosta de fazer escalada (por razões de segurança, aconselha-se a inscrição prévia). A seguir, surge o Parque da Quinta da Amizade, ou Vila Sassetti, fruto do traço e imaginação de Luigi Manini, autor da Regaleira e do Palácio Hotel do Buçaco. O edifício terracota, que não é visitável, tem uma estética mediterrânica inspirada nos castelos da Lombardia, com uma torre circular. Calouste Gulbenkian, que arrendou o espaço entre 1920 e 1955, passou ali temporadas. O jardim, também com espécies exóticas, é um espaço que surpreende pela harmonia entre as espécies e a linha-d’água. O trajeto também pode ser feito em sentido contrário a caminho da Pena, mas com os desníveis a subida é mais difícil.

Já a chegar ao centro de Sintra, uma última pergunta para Carla Ventura. Como é que espécies exóticas se adaptaram tão bem aqui? “Os românticos eram excelentes jardineiros”, diz a guia, acrescentando as características naturais desta geografia como uma estufa privilegiada: “Sintra é o obstáculo natural à humidade que vem do oceano, com uma temperatura relativamente moderada.” É um local perfeito para a evasão, seja por um dia, para um longo passeio a pé entre os seus tesouros, ou por uma temporada.

Há sempre mais um palácio

Antes de deixar Sintra, aguarda-nos o Palácio Biester. Projetado pelo arquiteto português José Luiz Monteiro nas últimas décadas do século XIX, encontra-se decorado pelos melhores artistas da época: as pinturas são de Luigi Manini (cuja obra também está presente na Villa Sassetti), as madeiras foram trabalhadas por Leandro de Souza Braga e as cerâmicas vieram da Fábrica Bordallo Pinheiro. Neste edifício histórico pode ainda apreciar a capela privada, o elevador (um dos primeiros ascensores residenciais em Portugal) e os frescos do interior da casa. No exterior, mais concretamente no miradouro das descobertas, aproveite ainda para observar com atenção a vila de Sintra. Com o Castelo dos Mouros ao fundo, os jardins de inspiração romântica são a despedida perfeita para três dias em Sintra.

Quanto custa: 12 euros (por adulto)

Quanto poupei: 2,40 euros

Um dos primeiros ascensores residenciais, em Portugal, pode ser visto no Palácio Biester, edifício cuja construção remonta às últimas décadas do século XIX

Em queda livre na DreamFly

Deixamos a vila, mas não Sintra. Depois de tanto tempo na serra, é altura de sermos nós a voar. No simulador da DreamFly, no centro comercial Allegro Sintra, os participantes podem descobrir as sensações proporcionadas pela queda livre. Há voos para crianças entre os 4 e os 12 anos, experiências para adolescentes e adultos, pacotes para festas de aniversário e para outros grupos, como empresas, por exemplo. Todos os voos são acompanhados por um instrutor. Aproveite para conhecer um dos maiores túneis de vento da Europa ao ar livre, com 10 metros de altura e 3 metros de largura. O material (fato, proteções para os olhos e para os ouvidos e capacete) está incluído nesta experiência que pode ter a duração de hora e meia.

Quanto custa: 216 euros (para 4 pessoas durante o fim-de-semana e feriados) ou 176 (para 2 adultos e 2 crianças, durante a semana)

Quanto poupei: 21,60 euros (ou 17,6 euros)

Ao final da tarde, antes de regressar a casa, fazemos a última viagem. No concelho vizinho de Cascais, a gelataria Santini é uma instituição. Segundo a marca, são usados unicamente ingredientes de origem natural na preparação dos gelados, incluindo fruta fresca. Caramelo, nata, chocolate, avelã, morango, manga, limão e manga são alguns dos sabores mais apreciados pelos frequentadores habituais.

A primeira loja abriu em 1949, no Estoril, quando Attilio Santini, um italiano cuja família se dedicava há três gerações ao fabrico de gelados, decidiu instalar-se em Portugal com a família. Desde então, surgiram novos espaços em Cascais, Lisboa, Carcavelos e Oeiras.

Quanto custa: 21,60 euros (para 4 pessoas)

Quanto poupei: 2,16 euros

No regresso a casa, ao longe, ainda conseguimos ver as “montanhas” da lua e o célebre “capacete de nuvens” formado pela barreira de condensação e que mantém sempre elevados os valores da humidade. É a última barreira antes do oceano Atlântico. Haverá melhor maneira de nos despedirmos do continente europeu a caminho das Américas?

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