Como incentivar o espírito solidário nas crianças
A solidariedade também se ensina e aprende, por isso é importante educar as crianças para serem empáticas e terem espírito solidário com o mundo ao seu redor.
Explicar o que é a solidariedade
No dicionário, a palavra “solidariedade” define-se como o “sentimento que leva alguém a tentar ajudar outro ou outros ou a compartilhar o seu infortúnio”. Mas, de uma forma mais simples, pode explicar que é ter consciência das necessidades dos outros e o desejo de contribuir e colaborar para que estas necessidades sejam satisfeitas.
A solidariedade é um valor que a promover na família e na escola, pois traz benefícios importantes para as crianças.
4 Formas de incentivar o espírito solidário junto dos mais jovens
1. Ser o exemplo na comunidade
Os pais têm um papel fundamental no desenvolvimento da consciência solidária nas crianças, que tendem a copiar os gestos e comportamentos dos adultos de referência. Por isso, nada melhor do que ser o exemplo, estar atento e exercitar a solidariedade com o meio envolvente.
Ao perceber que amigos, familiares ou vizinhos estão numa situação mais delicada, seja por se sentirem sozinhos, doentes ou por estarem a passar por um momento financeiramente mais complicado, converse com as suas crianças, explique-lhes o que se passa e procurem, em conjunto, encontrar uma ideia que possa contribuir para melhorar a vida daquela pessoa, que conhecem. Pequenos gestos podem fazer a diferença, como, por exemplo, convidar a pessoa para jantar, oferecer-se para lhe fazer companhia algumas horas por semana, voluntariar-se para fazer as compras ou oferecer-lhe um cabaz com bens que necessite e que, neste momento, não consiga comprar.
2. Incentivar a doação de brinquedos
No dia de aniversário, ou no Natal, todos os anos as crianças recebem inúmeros presentes dos pais, avós, tios e amigos. A cada nova vaga de brinquedos que entra em casa, muitas vezes perdem o interesse pelos antigos, que ficam a ganhar pó no armário. Ter demasiados brinquedos pode criar uma sensação de excesso e fazer com que não valorizem o que têm, estando sempre à espera da novidade para se sentirem mais felizes.
Por forma a evitar este excesso, promova, uma ou duas vezes por ano, uma vistoria por todos os brinquedos que têm, para escolherem aqueles que já não estão a uso e que ainda estão em boas condições (com todas as peças e respetivas instruções, se for o caso disso) para doar. Se não sabe a que instituição doar, reunimos algumas sugestões neste artigo.
3. Participar numa ação de voluntariado
Em alternativa, pode incentivá-los a inscreverem-se em programas de voluntariado próprios para crianças, como o da Juventude da Cruz Vermelha, que disponibiliza oportunidades de voluntariado para crianças a partir dos cinco anos; ou a participarem, em família, em ações de voluntariado. A Refood e Banco Alimentar Contra a Fome são dois bons pontos de partida para estas ações de solidariedade em família.
4. Promover o mealheiro dos donativos
Se as suas crianças recebem semanada, incentive-as a terem um mealheiro onde colocam dinheiro exclusivamente destinado para a solidariedade. Esta técnica é conhecida como a “teoria dos três mealheiros”, segundo a qual as crianças, quando começam a receber a semanada, devem ter três mealheiros: um para “gastar”, outro para “poupar” e um terceiro para “doar”.
A distribuição deve ser feita da seguinte forma: 50% da semanada deve ir para o mealheiro da poupança, 40% para o do consumo e 10% para o dos donativos. É uma forma de promover o hábito da poupança de forma regular, mas também de estimular o espírito solidário nos mais jovens.
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