10 Mitos sobre poupança. Ainda acredita neles?

Descubra, neste artigo, as ideias de poupança erradas que condicionam as suas economias e procure novos hábitos.
Artigo atualizado a 12-01-2023

É quase um imperativo. Com o aumento do custo de vida, dos preços da energia e dos bens de consumo essenciais, todos queremos poupar mensalmente o máximo possível. Mas estaremos a fazer as melhores escolhas? Será que as dicas que aprendemos com os pais ou os avós ou lemos nas redes sociais permitem, de facto, economizar alguns euros? Vale a pena lavar a loiça à mão em vez de usar a máquina, ou aquecer água no fogão como alternativa à chaleira? Conheça estes e outros mitos sobre poupança, e, com pequenos gestos, comece a amealhar mais a cada dia.

10 Mitos sobre poupança

1. Tomar banho de chuveiro é sempre mais barato

Muitas pessoas acreditam que é sempre preferível tomar duche, em vez de banho de imersão. Nem sempre é assim. A poupança (a existir) depende do tempo que estivermos debaixo do chuveiro e da pressão do equipamento. Se, por exemplo, optarmos por fazer a higiene numa banheira com cerca de um terço de água, estamos a falar de um gasto de cerca de 75 litros, independentemente de demorarmos 5 ou 20 minutos. Já um duche de 10 minutos, com a torneira sempre aberta, pode implicar um consumo de 120 litros.

2. Escolher os produtos mais baratos compensa sempre

É um dos mitos sobre poupança que tendemos a adotar com frequência. Ao comprarmos um novo eletrodoméstico ou aparelho eletrónico, temos em conta apenas o preço, sem verificar os consumos energéticos e a durabilidade dos dispositivos. Também utilizamos o mesmo critério, com o calçado e com a roupa. Escolhas que, a longo prazo, acabam por implicar um gasto maior, uma vez que muitos destes produtos são de fraca qualidade e têm um tempo de vida útil reduzido. Antes de ir às compras, não se esqueça: o barato sai caro e, por isso, vale a pena investir na qualidade.

3. Conduzir em ponto morto permite maior poupança de combustível

A estratégia é adotada por muitos condutores: numa fila de trânsito ou numa descida, colocam o automóvel em ponto morto para minimizar o consumo de gasóleo ou gasolina. Será mesmo a melhor opção? Não, explica o Automóvel Clube de Portugal (ACP). A maioria dos carros atualmente possui injeção eletrónica, uma tecnologia que permite maior poupança de combustível com a mudança engatada.  Além disso, conduzir em ponto morto contribui para um maior desgaste dos travões e diminui a segurança da viagem.

4. Aquecer água na chaleira gasta mais energia

Ainda é um mito que persiste em muitas casas. Para fazer chá, café ou acelerar a preparação de uma refeição, há quem prefira utilizar o micro-ondas, ou até o fogão a gás, em detrimento da chaleira ou do jarro elétrico, por acreditar que é mais barato. Não é assim. Ao contrário de outros métodos usados para ferver água, as chaleiras são mais económicas, porque interrompem o gasto de energia assim que o seu conteúdo atinge os 100 ºC, reduzindo o desperdício.

5. Marcar férias através de sites de viagens é mais barato

Na hora de marcar uma viagem, optamos frequentemente pelos sites especializados que comercializam pacotes com voo e hotel. Estas soluções não são necessariamente as mais económicas – é um dos mitos sobre poupança –, já que estes operadores têm margens de lucro que, em muitos casos, aumentam os valores praticados. Consulte diretamente as companhias aéreas e os hotéis, compare preços e só depois tome uma decisão. Não se esqueça que, além da viagem, poderá ter de pagar um valor pela bagagem, pela marcação de lugar e pela contratação de seguro.

6. Desligar as luzes ao mudar de divisão é uma forma de poupança

É um comportamento muito comum. Ao sairmos do quarto para a casa de banho, ou da cozinha para a sala, tendemos a desligar o interruptor para poupar energia. Uma intenção que nem sempre tem o efeito desejado, dependendo do tempo que demoramos a regressar àquele espaço. Sabia que se voltar à mesma divisão em menos de 15 minutos, o gasto pode ser maior, sobretudo se tiver lâmpadas LED? Isto porque, neste intervalo de tempo, a energia despendida com a luz ligada é menor do que a usada para a acender de novo.

7. Deixar os aparelhos em standby não gasta energia

Quantas vezes desliga o televisor com o comando? Pode parecer um gesto inofensivo, mas a verdade é que deixar este e outros equipamentos em standby implica um gasto desnecessário. Em alguns casos, estes consumos, que em nada contribuem para o desempenho dos aparelhos, chegam a representar cerca de 10% da fatura mensal de energia. A solução mais óbvia para evitar este desperdício é não deixar os equipamentos ligados à corrente. Pode também usar tomadas com interruptor, ou adquirir tomadas inteligentes que desligam automaticamente, quando não estão a ser utilizadas.

8. Lavar a loiça na máquina é mais dispendioso

É uma das ideias que tem vindo a ser desmitificada, mas ainda há quem acredite que lavar a loiça na máquina sai mais caro do que fazê-lo à mão. Não é verdade.  Estes aparelhos são cada vez mais eficientes, e gastam cerca de 10 litros de água, enquanto uma lavagem manual pode implicar uma quantidade duas vezes superior. Procure rentabilizar a máquina: encha-a a cada utilização, coloque a dose certa de detergente (nem a mais, nem a menos) e opte pelos programas mais económicos.

9. Cozinhar com o fogão no máximo é mais eficiente

Quantas vezes optou pelo bico maior do fogão, colocando-o no máximo, para adiantar o jantar? Pois bem, não foi a opção mais eficiente em termos energéticos, nem a mais rápida para acelerar a preparação da refeição. Ao colocar uma panela pequena num bico grande ou ao colocar o fogão no máximo, está apenas a desperdiçar calor. Em vez disso, para acelerar o processo e poupar energia, corte os alimentos em pequenos pedaços e use uma tampa.

10. Vale sempre a pena fazer compras nos saldos em grande quantidade

Este é um dos mitos sobre poupança mais enraizados na cultura ocidental. Com a chegada dos saldos, muitas pessoas aproveitam para adquirir uma quantidade desnecessária de roupa, calçado e outros produtos, pensando que assim estão a poupar dinheiro. Na realidade, estão a gastar em excesso e a levar para casa bens nem sempre necessários. Para evitar estas situações, utilize os saldos apenas para adquirir peças básicas, que não passam de moda, e, antes de cada compra, avalie sempre a necessidade da mesma.

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