Só há três certezas na vida, costuma dizer-se, e duas delas são a morte e os impostos. Até há uns anos, poderíamos acrescentar a esta lista o tamanho dos aparelhos auditivos. Eram grandes, potencialmente invasivos e desconfortáveis. Esses tempos já vão longe e a inovação revolucionou a indústria da audição, levando com ela o estigma tradicionalmente associado à perda de audição. “Com a miniaturização e os avanços tecnológicos, uma prótese auditiva mal se consegue notar”, explica à revista Montepio Bruno Robalo, brand manager da Auditiv, empresa especializada em aparelhos e acessórios auditivos que, desde 2023, é parceira do Montepio Associação Mutualista. “Os aparelhos são muito pequenos e não se sentem. São muito confortáveis, quase impercetíveis.”

O ciclo da perda auditiva é sobejamente conhecido. Muitas vezes, nem a própria pessoa se apercebe que ouve mal e têm de ser os familiares a chamarem a atenção para estas dificuldades. Associado à perda auditiva, porém, vem por vezes um estigma. “Ainda existe, sim, mas cada vez menos”, explica Bruno Robalo. “Costumamos dizer aos nossos utentes que é muito mais evidente falar com alguém que tem perda [auditiva] e não consegue entender o que dizemos, do que falar com alguém que consegue ouvir perfeitamente com o auxílio de uma prótese auditiva.”Existe, também, o reverso da medalha: a felicidade de ver alguém recuperar a qualidade de vida. “[Acontece] quando alguém tem perda [auditiva], resolve a situação com a utilização de aparelhos e não identifica qualquer problema”, continua Bruno Robalo.

Hoje em dia, além do conforto dos aparelhos, existe uma grande diversidade de acessórios que tornam mais fácil a vida de quem sofre de perda auditiva. Na Auditiv pode encontrar adaptadores que aumentam o volume da televisão só para a pessoa que utiliza o aparelho, ou até soundclips que transformam os aparelhos auditivos em phones para atender chamadas telefónicas. Tudo controlado remotamente pela tecnologia. No futuro, os aparelhos auditivos serão ainda mais pequenos e com uma qualidade sonora de “altíssimo nível”, esclarece Bruno Robalo. “Haverá mais e melhores formas de conectividade com tudo o que nos rodeia, nomeadamente os smartphones. E cada vez mais recurso à inteligência artificial.”

25% de desconto para associados

Tal como acontece com os restantes parceiros do Montepio Associação Mutualista, também a Auditiv oferece descontos aos associados. A poupança pode chegar aos 1 200 euros, o equivalente a 25% de desconto no valor final da compra. A Auditiv oferece ainda o rastreio auditivo aos associados Montepio. Na avaliação, ficará a saber se tem, ou não, perda auditiva — e por vezes há surpresas. “Muitas vezes, as pessoas ouvem mal porque têm cera nos ouvidos”, esclarece Bruno Robalo. “Seja com indicação para uma simples lavagem auditiva ou para encaminhamento e futura adaptação de próteses auditivas, o utente sai sempre com toda a informação necessária para recuperar a sua audição.”

Admitindo o “gosto” que tem em poder ajudar quem precisa — os aparelhos auditivos da Auditiv têm assistência técnica vitalícia, por exemplo —, o responsável lamenta, porém, o facto de ainda existirem muitas pessoas que não conseguem pagar um aparelho. “Se pudermos também aqui dar o nosso contributo para uma vida mais completa ficamos muito satisfeitos. Acima de tudo, queremos ser reconhecidos pela nossa seriedade e profissionalismo.”

Impacto na vida

De acordo com o Manual MSD, a maioria das perdas auditivas desenvolve-se lentamente ao longo do tempo. Entre as causas mais comuns incluem-se o acúmulo de cera, o ruído, o envelhecimento e as infeções do ouvido (estas, sobretudo, nas crianças e jovens adultos). Mas, à medida que as pessoas vivem cada vez mais tempo, estes problemas tendem a aumentar. Prova disso são os resultados do primeiro Relatório Mundial sobre a Audição, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estimam que, até 2050, um quarto da população global, ou 2,5 mil milhões de pessoas, irão ter algum grau de perda auditiva.

“É um problema sério que afeta milhares de pessoas em Portugal”, adianta Bruno Robalo. Com o aumento da longevidade, é normal que cada vez mais pessoas relatem problemas auditivos que, naturalmente, têm impacto na qualidade de vida. “O isolamento social devido à perda de audição conduz  à ansiedade e depressão, fatores diretamente associados a um maior risco de acelerar a progressão de doenças neurodegenerativas ”, conclui o brand manager da Auditiv.