Hidroginástica: 11 respostas para começar a praticar hoje

Gostaria de praticar hidroginástica mas tem receio de que não seja uma modalidade para si? Este artigo vai dissipar todas as suas dúvidas.
Artigo atualizado a 01-03-2024

A hidroginástica é cada vez mais popular entre os portugueses. As vagas nas aulas desta modalidade esgotam rapidamente nos ginásios e piscinas, uma vez que são muitos os que procuram, nos exercícios aquáticos, uma sensação de bem-estar e a diminuição da dor muscular e articular. Ao mesmo tempo, surge uma nova tendência. “Cada vez mais jovens têm procurado a hidroginástica”, confirma Joana Freitas, instrutora de hidroginástica do ginásio Phive Leiria, parceiro do Montepio Associação Mutualista.

Quer saber mais sobre uma das modalidades da moda? Continue a ler este artigo e descubra o que a hidroginástica pode fazer por si.

1. Quais os benefícios da hidroginástica para a saúde?

A hidroginástica provoca uma sensação de bem-estar físico e emocional, melhora a autoestima e desenvolve o equilíbrio e a coordenação motora. No entanto, esta modalidade traz outros benefícios para a saúde, ajudando a:

  • Prevenir problemas cardiovasculares e pulmonares;
  • Melhorar a resistência cardiovascular;
  • Prevenir doenças metabólicas (diabetes, colesterol);
  • Aumentar a força e resistência muscular;
  • Prevenir lesões;
  • Perder peso;
  • Melhorar a saúde psicológica;
  • Reduzir edemas, inchaços e retenção de líquidos;
  • Garantir a autonomia funcional e motora durante um período de anos alargado;

2. Quais as vantagens do ambiente aquático na prática do desporto?

Os exercícios aquáticos permitem um ambiente mais controlado. “O peso do corpo está suportado pela força da flutuação, o que reduz a pressão sobre as articulações e a dor. Pessoas que possam estar mais sensíveis ou com excesso de peso sentem-se mais confortáveis em meio aquático”, explica Joana Freitas.

Ao suportar o corpo, a água diminui a probabilidade de quedas dentro de água, por um lado, e reduz até metade o peso das pessoas, por outro. “Sentimo-nos mais leves, sem compressões na coluna, na cervical, nos ombros ou nas ancas.”

A força da pressão hidrostática está ainda associada a uma recuperação mais rápida. “As pessoas cansam-se na água, mas acabam por ter uma recuperação ligeiramente mais rápida”, explica a instrutora.

3. Devo ir ao médico antes de frequentar as aulas?

Sim, sobretudo se tiver um historial de infecções recorrentes, problemas de pele ou feridas abertas de difícil cicatrização. As pessoas com problemas cardíacos, em situação de pós-operatório e as grávidas devem seguir sempre os conselhos do seu médico antes de frequentar uma aula de hidroginástica.

4. Tenho de saber nadar para praticar hidroginástica?

Não. “Os praticantes de hidroginástica nem têm de molhar a cabeça”, esclarece Joana Freitas. “A pessoa fica imersa até à zona das axilas ou ombros, mas tem sempre pé. Ainda assim, existem alternativas para quem se sente desconfortável ou tem algum tipo de fobia na água. Joana Freitas aconselha uma conversa com o instrutor antes da aula. Durante o treino, podem ficar perto dele, em frente ao cais da piscina, ou junto do corrimão, para se segurarem facilmente.

5. Que material devo levar para uma aula de hidroginástica?

Fato de banho para as mulheres, calções para os homens. É ainda obrigatório calçar chinelos e colocar uma touca. No inverno, recomenda-se a utilização de um roupão para aceder à zona da piscina.

 

 

6. Quais os conselhos de segurança recomendados para uma aula de hidroginástica?

Devido à acumulação de água no cais, e em toda a zona envolvente, deve ter precauções extra quando caminha na plataforma ou até dentro de água. “Quem sentir que pode escorregar sobre os pavimentos da piscina deve comprar sapatos de borracha, para aumentar a aderência”, explica Joana Freitas. Deste modo, estará mais confortável na execução dos exercícios.

Se, durante a aula, não conseguir acompanhar o instrutor, não há problema. O essencial é manter-se em movimento. Há sempre progressões e variações dos exercícios, por isso verá que em pouco tempo ficará em sintonia com os seus colegas e o instrutor.

7. Tenho receio de me constipar no inverno. Qual a temperatura da água?

Geralmente, a temperatura da água é a ideal para que a pessoa faça exercício físico e não sinta exaustão. Ou seja, a água não está demasiado fria nem demasiado quente. “Pelas sensações da temperatura, da hidromassagem, as pessoas estão confortáveis”, explica Joana Freitas.

8. Tenho 20 anos. Devo praticar hidroginástica?

Claro. A hidroginástica é para todas as idades, mesmo que ainda exista preconceito de esta ser uma modalidade para a população mais envelhecida. “Conseguimos ter idades bastante abrangentes e as aulas são exigentes para os jovens de 20 ou 30 anos. Muitos dizem-nos que não tinham noção que custava tanto”, refere Joana Freitas. “Ainda é uma modalidade vista como sendo para uma população idosa, mas caminhamos para uma maior diversidade.”

9. Hidroginástica ou pilates: que modalidade devo praticar?

“As modalidades mais recomendadas pelos médicos são a hidroginástica e o pilates”, refere Joana Freitas. Escolher entre uma e outra depende do perfil de cada pessoa, mas a instrutora de hidroginástica diz que a decisão pode sempre ser alterada. “Já tivemos pessoas que vinham com a ideia de fazer hidroginástica e acabaram a fazer pilates, mas também o contrário: pessoas que se deram muito bem na água.”

Na hidroginástica, vai encontrar um ambiente menos agressivo para a parte musculoesquelética. “Há pessoas que estão a fazer reabilitação ao joelho, articulação de grande suporte de peso corporal, e sentem essa facilidade”, refere a instrutora. “Por vezes, podem fazer alguma amplitude de movimento que, dentro do meio aquático, está assegurada pelas forças de flutuação.”

Joana Freitas garante que cada praticante de hidroginástica é um caso de sucesso e tem resultados. Com o acumular de aulas, a pessoa vai manter-se motivada. “Não queremos que faça uma aula esporádica por ano, mas que mantenha uma prática constante na sua vida”, conclui Joana Freitas.

 

 

10. Tenho receio de mostrar o corpo. Deverei, mesmo assim, tentar frequentar uma aula?

Claro. Além dos benefícios para a parte motora, a hidroginástica é um bálsamo para a saúde psicológica. “Estamos num ambiente coletivo e social, com música. E o instrutor acaba sempre por criar relações com as pessoas”, diz Joana Freitas.

A instrutora admite que pode existir “alguma exposição” física da pessoa e que isso pode “tornar-se numa barreira”. No entanto, garante que a pessoa se sentirá bem. “Vai ter um domínio completo sobre aquilo que faz, força e velocidade, e uma sensação de bem-estar e leveza.” Razões que superam a timidez ou o receio de usar fato de banho.

11. Existe alguma variante da hidroginástica?

Sim, várias. No Phive Leiria, por exemplo, os sócios podem praticar hidrobike, modalidade que consiste em andar de bicicleta dentro de água. No entanto, a imaginação do instrutor e até dos participantes é o limite. Em algumas aulas, o instrutor utiliza elásticos para dar versatilidade à modalidade. Há também aulas coreografadas, outras que constroem circuitos aquáticos e variantes de alta intensidade. “É uma modalidade que tem bastante sucesso e vai continuar a crescer”, explica Joana Freitas.

Finalmente, para os mais corajosos, há uma vertente da hidroginástica – deep water – em que os participantes não têm acesso ao fundo da piscina, o que aumenta o esforço realizado.

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